sexta-feira, 31 de julho de 2009

Capítulo Vinte e Quatro - Nem tão bem.

Eu esperava ela começar. Mas ela me enviou um olhar quase me suplicando para começar.
- Foi o seguinte: A Viviane foi sequestrada - eu comecei.
Os pais dela deram pulos de susto e as bocas se abriram em pavor.
- Mas por sorte, eu consegui ir atrás da mulher que a sequestrou. Ela a levou para uma casa longe de tudo. E eu tentei negociar, fazer tudo.- Oh, meu anjo! - a sua mãe me interrompeu. - Sinto muito por isso tudo.
Ela a aninhou no peito.
- Ela estava só, mas estava armada. Eu tinha medo que ela machucasse a Viviane, por isso a demora. Eu tive que pensar um pouco antes de ir atrás dela.- Como ela era? - o pai dela me interrompeu.- Loira e.. - O que? Ela não podia dizer. Cocei a garganta a fazendo parar.- Ela fugiu e duvido que esteja no país ainda. Ela tinha condições financeiras. Não sei pra que ela tinha sequestrado a Vivi. Mas então, hoje eu consegui bolar um plano para entrar na casa e pegar a Vivi. Eu entrei na casa e por sorte a arma não estava com ela. Consegui pegar a arma, mas daí ela fugiu em um carro. Um carro grande, tipo uma van. Então eu a trouxe para casa.- Querida - a mãe dela falava com a voz falha.
- Nunca mais deixaremos acontecer isso - o pai dela disse beijando-a na cabeça.- Mas o que aconteceu antes dele entrar, Vivi? - Bruno perguntou.Engoli em seco. Era minha vez de mentir.- Eu tava aqui fora do condomínio. Não sei como ela entrou e saiu. Eu me lembro de estar lendo um livro e depois eu acordei lá fora e ela estava comigo. Então ela chegou perto de mim e eu não me lembro de mais nada. Quando acordei eu tava amarrada em uma cama em um quarto pequeno. Ela ia me ver, mas não falava nada, e ela nunca entrava no quarto. E depois eu ouvi um barulho do lado de fora e o... Roberto entrou no quarto e me trouxe.- Que mulher doida! - a mãe dela disse com a voz elevada. - Vá ligar para a polícia, Bruno. Diga que ela está aqui.
Bruno se levantou e foi para o telefone.
- O quanto eu devo agradecer? - sua mãe me perguntou.- Mas você devia ter ligado para nós, ou para a polícia.- Momentos desesperados. Ninguém pensa.- Mas eu estou a salvo. Nada mais importa do que passou.Todos concordaram, menos eu. Aquilo importava.Depois de algum tempo toda a polícia da cidade estava na casa dela.
Um policial barbudo chegou perto da Viviane pedindo para fazer perguntas. Mas ela disse que queria respondê-las depois.
Eu conversava com um policial alto e magro. Contei toda a mentira com os detalhes inventados.
O pai dela se livrou de todos os policiais e disse que a Vivi precisava de um momento de sossego.
- Acho que eu tenho que ir também - eu disse.
- Você quer que eu chame a Vivi? - a mãe dela perguntou.
- Não precisa. Deixe-a descançar.
- Obrigada de novo,Roberto. Eu não sei quanto agradecer.
- É o mínimo que eu podia ter feito.
Eles me levaram para a porta e antes que eu pudesse dizer o tchau eu vi a Viviane correndo pela escada e vindo me abraçar.
- Obrigada - ela sussurrou.
- Eu te vejo depois, Vivi.
Beijei-a na testa e fui para o carro.
Fui direto para a minha casa. Parecia vazia sem a Amanda, Sophia e Richard. Liguei para eles e em menos de um toque a Amanda atendeu.
- Oi, meu querido - ela disse com certa alegria.
- Eu sinto falta de vocês.
- Pois adivinhe onde nós estamos? No aeroporto de Fortaleza indo para ai. O nosso avião sai chega ai as uma e cinquenta da manhã.
- Estou ancioso para ver vocês.
- Vá descançar, Thomas. Você precisa.
Fui caminhando para o meu quarto e acendendo todas as luzes no caminho.
Entrei em minha cabana e me deitei na cama. Eu estava realmente cansado. Mal fechei os olhos e já estava dormindo. Abri os olhos sentindo o cheiro das flores do jardim. A porta estava aberta e o pouco vento de agosto trazia o cheiro. Levantei e antes de trocar de pé para andar a Amanda estava na minha frente.
- Você não pode ser um pouco mais humana? - eu perguntei.
- Não sou. Como ela está?
- Bem.
- E você?
- Com medo, pra falar a verdade.
- De que? - ela disse me puxando para sentar na cama e se sentou ao meu lado.
- De tudo. Eu estou trazendo perigo para a vida dela. Eu queria me afastar, mas eu a amo tanto.
- Oh, queri...
Ela foi interrompida pelo toque do celular e em menos de um segundo eu estava atendendo ele.
- Thomas?- Era bom se você me chamasse de Roberto.- É o costume.- Você tá bem? - perguntei.- Tô sim.- Dormiu bem?- Só acordei agora.- Fico preocupado contigo ai sozinha.- Eu estou bem, vou ficar bem. Mas eu to com saudade. - Eu ri.- Se eu pudesse estava ai agora. Mas a Sophia, o Richard e a Amanda chegam hoje - menti. Mas eu queria passar um tempo com eles.- Sério? - Aham. E eu tenho que fazer uma recepção boa. Eles passaram por muita coisa esses dias.- Sinto muito por isso.- Não é culpa sua. - É toda minha.- Você pode vir hoje a noite?- Claro, querida.- Tenho que ir agora. To com muita fome.- Certo. Até mais tarde.
Desliguei o telefone e a Amanda me encarava.
- Mentiu né Thomas?
- Eu quero passar um tempo com você.
Ela sorriu.
- Vá tomar um banho e nos vemos na sala.
Acenti com a cabeça e fui para o banho.
Passei a tarde com eles. Conversando sobre como seria nosso futuro agora em diante. Até que chegou a hora de eu ir vê-la.
Me vesti comum e peguei o meu carro. Fui quase voando para o seu condomínio e o segurança parecia demorar com aquela coisa simples. Até que ele abriu o portão e eu fui para a sua casa.
Eu vi ela saindo da casa, linda e sorridente. Eu sai do carro e caminhei ao seu encontro. Apenas olhando para seus olhos lindos.
A mão dela passou por minha nuca encostando nossos lábios. Eu passei a mão em sua cintura e a beijei. Até ouvirmos risadinhas de dentro da sala.
- Minhas amigas estão aqui.
Eu sorri e nós entramos.
- Meninas, Roberto - ela disse normalmente. Os olhos de suas amigas quase cairam e eu sorri. - Essas são Ana e Marianne.
- Prazer - eu disse.
Passamos algum tempo conversando e elas foram embora.
Ficamos só eu e ela na sala. Eu segurava seu rosto com cuidado enquanto olhava para seu rosto. Eu a amava. Mas ela não merecia alguém como eu. Como ela iria viver tendo um namorado vampiro? Eu iria aguentar dar adeus para o amor da minha vida?
Eu a encarei e deixei ela ouvir o silêncio absoluto. Aproximei nosso rostos e a beijei.






/ Eu prometo que não vou demorar e demoro mais DIUSHD Desculpem mesmo gente. Mas aconteceu um imprevisto com minha família e me perdoem. :// Nicole amor, me desculpe mas eu escrevi isso na minha madrugada e você não tava online daí nem deu pra você dar sua revisada.