terça-feira, 4 de agosto de 2009

Capítulo Vinte e Cinco - Fim de verdade

Bom, se passara muito muito tempo depois do incidente. Eu estava bem com o Thomas, com as minhas amigas e com minha família. Era como se fosse uma parte da vida que eu nunca tive. Eu até estava mais sociável e falando mais com as pessoas.Era Dezembro e ,como apartir desse mês começa a chover aqui e fazer frio, eu resolvi vestir minhas roupas quentinhas e usar uma pantufa. Bom, era uma tarde comum e eu estava sozinha em casa. Desci para fazer um pouco de chocolate quente mas antes de entrar na cozinha bateram na porta. Como o interfone não tinha tocado devia ser um vizinho para falar de alguma coisa.
Abri a porta e vi o Thomas com os cabelos molhados. Extremamente lindo. A roupa molhada pregava em seu corpo perfeito e aquilo me fazia suspirar. Ele me olhou nos olhos e seu olho azul claro estava escuro. - Thomas? O que tá fazendo aqui? - Posso entrar? Dei passagem e ele entrou. - Preciso conversar com você - ele disse. Levei ele para a varanda do andar de baixo e me sentei no banco de madeira de lá. Ele sentou do meu lado.
Seu rosto estava tão sério e tão preucupado. Eu estava ficando aguniada com o silêncio que estava entre a gente.
- Thomas?
- Você tá só em casa?
- Estou. Por quê?
- Para saber...
Silêncio novamente.
- O que houve, Thomas? - quebrei o silêncio.- É que.. - ele disse passando a mão no cabelo molhado. - Como eu digo isso?
- Eu não to gostando disso - eu disse soltando uma risada apreensiva.
- Eu vou ter que te deixar, Viviane. - Meus olhos se arregalaram e eu não disse nada. Fiquei apenas escutando. - Não pense que eu não te amo. Está longe disso. Na verdade é o meu amor que está fazendo isso por você. - Do que você tá falando, Thomas? Você não pode me deixar. - Mas eu vou.
Ele disse tão friamente que me fez fastar o rosto de perto dele.- Por quê? - eu disse controlando a voz. - Porque eu te amo e não quero que nada aconteça com você. Com a Maddi.. - Para! A gente já conversou sobre a Maddie. - Na verdade muitas e muitas vezes. Ele insistia em dizer que não era seguro para mim ficar com ele. Mas ele era tudo que eu queria. - Ela era louca. Nada parecido com isso vai acontecer de novo. - Eu prefiro não expor você a qualquer risco desse tipo. - Besteira! A gente já falou sobre isso mil e uma vezes. Você insiste em dizer coisas desse tipo. Eu quero você. Não quero saber as consequências. Eu amo você.
Eu botei meu rosto perto do dele e o fiquei encarando. Eu deixei de ouvir os pingos de chuva no telhado.- Eu te amo também! - a voz dele rompeu meu silêncio.Ele se levantou bruscamente e deu um passo longo para trás, indo para a chuva. - Adeus, minha Viviane.- Espere! - eu disse e corri para o seu lado. O envolvi nos meus braços. Eu toquei os lábios nos dele e ele tremeu o corpo. Eu o amava. Eu precisava dele. Ele não podia só.. ir embora. Aquilo iria me matar. - Adeus. Eu nunca vou esquecer de você. - Ele beijou de novo meus lábios e fastou. Meus joelhos estavam fracos demais. Senti o lugar girar e logo meus joelhos estavam na grama molhada. Meus cilios molhados me proibiam de ver ele com clareza. - Eu te amo, Thomas.
A sombra que era ele nos meus olhos foi desaparecendo pouco a pouco. Como uma cena de filme. Meus cabelos estavam molhados e pregados em minhas bochechas e pescoço. Eu sentia cada gosta d'água encostar em mim. Eu sentia a dor no meu peito. O vazio.
Pouco tempo senti minha cabeça bater na grama e me enrosquei querendo sumir. Ele tinha ido embora.
- Viviane? - ouvi uma voz me chamar.
Abri os olhos e dei de cara com meu garoto de olhos amarelos parado me encarando. Eu pisquei algumas vezes fazendo as gotas sairem dos meus cílios.
- Você está bem? - ele perguntou e me ajudou a me levantar.
Eu não sentia minhas pernas e ele teve que me segurar. Notei que não chovia mais, mas estava nublado. Ele me levou para a varanda e me sentou no banco.
Encarei o lugar. Ele estava ali a pouco tempo e foi embora. Lágrimas começaram a rolar do meu rosto.
- O que você tem, Viviane? - ele perguntou me sacudindo.
- Ele foi embora - eu disse o olhando nos olhos.
Ele deixou os braços cair e me abraçou. Mais lágrimas.
- Ele foi embora, George. Ele me deixou.
- Sh, sh - ele me consolava. - Tudo vai ficar bem.
Bem? Eu não ficaria bem sem o Thomas ao meu lado.
Empurrei o George e ele ficou me encarando sem entender.
- Nada ficará bem! Não sem ele! - eu gritava.
Eu sai de lá e entrei em casa. Subi as escadas olhando todos os degraus. Bati a porta do quarto e me encostei nela. Desci a porta até sentar no chão e mais lágrimas estavam descendo. Nem sei se elas tinham parado de descer a algum estante.
- Ele me deixou - eu disse para mim mesmo.
Abracei meus joelhos e notei o vazio que estava agora.
Lembrei de cada sorriso, cada beijo, cada abraço, cada eu te amo, cada olhar, cada silêncio, cada segundo com ele.
Aquilo estava me matando.
- Ele me deixou - repeti.





/ Agora cabe a cada um imaginar o que vai ser da Viviane sem o Thomas e do Thomas sem a Viviane. MENTIRA! To pensando em escrever a continuação. Mas ainda pensando, nada confirmado.
Eu queria agradecer a TODOS que estão comigo lendo as porcarias que eu escrevo. Queria agradecer a paciência de vocês por me esperarem.
E quem quiser me adicionar no msn:
priscila.n@live.com
Beijos finais para todos e obrigada de novo :*