sábado, 24 de outubro de 2009

Voltei.

Desculpem por o desaparecimento. Sério.
Eu não sumi, eu li a história da Deeh mas não consegui comentar. Foi um problema no meu computador :/
Eu já tinha escrito o primeiro capítulo, só faltava o título para a história mas formataram meu computador, dai eu perdi tudo. Mas estou disposta a começar tudo de novo e em breve.
Obrigada todos os elogios. Beijo.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Capítulo Vinte e Cinco - Fim de verdade

Bom, se passara muito muito tempo depois do incidente. Eu estava bem com o Thomas, com as minhas amigas e com minha família. Era como se fosse uma parte da vida que eu nunca tive. Eu até estava mais sociável e falando mais com as pessoas.Era Dezembro e ,como apartir desse mês começa a chover aqui e fazer frio, eu resolvi vestir minhas roupas quentinhas e usar uma pantufa. Bom, era uma tarde comum e eu estava sozinha em casa. Desci para fazer um pouco de chocolate quente mas antes de entrar na cozinha bateram na porta. Como o interfone não tinha tocado devia ser um vizinho para falar de alguma coisa.
Abri a porta e vi o Thomas com os cabelos molhados. Extremamente lindo. A roupa molhada pregava em seu corpo perfeito e aquilo me fazia suspirar. Ele me olhou nos olhos e seu olho azul claro estava escuro. - Thomas? O que tá fazendo aqui? - Posso entrar? Dei passagem e ele entrou. - Preciso conversar com você - ele disse. Levei ele para a varanda do andar de baixo e me sentei no banco de madeira de lá. Ele sentou do meu lado.
Seu rosto estava tão sério e tão preucupado. Eu estava ficando aguniada com o silêncio que estava entre a gente.
- Thomas?
- Você tá só em casa?
- Estou. Por quê?
- Para saber...
Silêncio novamente.
- O que houve, Thomas? - quebrei o silêncio.- É que.. - ele disse passando a mão no cabelo molhado. - Como eu digo isso?
- Eu não to gostando disso - eu disse soltando uma risada apreensiva.
- Eu vou ter que te deixar, Viviane. - Meus olhos se arregalaram e eu não disse nada. Fiquei apenas escutando. - Não pense que eu não te amo. Está longe disso. Na verdade é o meu amor que está fazendo isso por você. - Do que você tá falando, Thomas? Você não pode me deixar. - Mas eu vou.
Ele disse tão friamente que me fez fastar o rosto de perto dele.- Por quê? - eu disse controlando a voz. - Porque eu te amo e não quero que nada aconteça com você. Com a Maddi.. - Para! A gente já conversou sobre a Maddie. - Na verdade muitas e muitas vezes. Ele insistia em dizer que não era seguro para mim ficar com ele. Mas ele era tudo que eu queria. - Ela era louca. Nada parecido com isso vai acontecer de novo. - Eu prefiro não expor você a qualquer risco desse tipo. - Besteira! A gente já falou sobre isso mil e uma vezes. Você insiste em dizer coisas desse tipo. Eu quero você. Não quero saber as consequências. Eu amo você.
Eu botei meu rosto perto do dele e o fiquei encarando. Eu deixei de ouvir os pingos de chuva no telhado.- Eu te amo também! - a voz dele rompeu meu silêncio.Ele se levantou bruscamente e deu um passo longo para trás, indo para a chuva. - Adeus, minha Viviane.- Espere! - eu disse e corri para o seu lado. O envolvi nos meus braços. Eu toquei os lábios nos dele e ele tremeu o corpo. Eu o amava. Eu precisava dele. Ele não podia só.. ir embora. Aquilo iria me matar. - Adeus. Eu nunca vou esquecer de você. - Ele beijou de novo meus lábios e fastou. Meus joelhos estavam fracos demais. Senti o lugar girar e logo meus joelhos estavam na grama molhada. Meus cilios molhados me proibiam de ver ele com clareza. - Eu te amo, Thomas.
A sombra que era ele nos meus olhos foi desaparecendo pouco a pouco. Como uma cena de filme. Meus cabelos estavam molhados e pregados em minhas bochechas e pescoço. Eu sentia cada gosta d'água encostar em mim. Eu sentia a dor no meu peito. O vazio.
Pouco tempo senti minha cabeça bater na grama e me enrosquei querendo sumir. Ele tinha ido embora.
- Viviane? - ouvi uma voz me chamar.
Abri os olhos e dei de cara com meu garoto de olhos amarelos parado me encarando. Eu pisquei algumas vezes fazendo as gotas sairem dos meus cílios.
- Você está bem? - ele perguntou e me ajudou a me levantar.
Eu não sentia minhas pernas e ele teve que me segurar. Notei que não chovia mais, mas estava nublado. Ele me levou para a varanda e me sentou no banco.
Encarei o lugar. Ele estava ali a pouco tempo e foi embora. Lágrimas começaram a rolar do meu rosto.
- O que você tem, Viviane? - ele perguntou me sacudindo.
- Ele foi embora - eu disse o olhando nos olhos.
Ele deixou os braços cair e me abraçou. Mais lágrimas.
- Ele foi embora, George. Ele me deixou.
- Sh, sh - ele me consolava. - Tudo vai ficar bem.
Bem? Eu não ficaria bem sem o Thomas ao meu lado.
Empurrei o George e ele ficou me encarando sem entender.
- Nada ficará bem! Não sem ele! - eu gritava.
Eu sai de lá e entrei em casa. Subi as escadas olhando todos os degraus. Bati a porta do quarto e me encostei nela. Desci a porta até sentar no chão e mais lágrimas estavam descendo. Nem sei se elas tinham parado de descer a algum estante.
- Ele me deixou - eu disse para mim mesmo.
Abracei meus joelhos e notei o vazio que estava agora.
Lembrei de cada sorriso, cada beijo, cada abraço, cada eu te amo, cada olhar, cada silêncio, cada segundo com ele.
Aquilo estava me matando.
- Ele me deixou - repeti.





/ Agora cabe a cada um imaginar o que vai ser da Viviane sem o Thomas e do Thomas sem a Viviane. MENTIRA! To pensando em escrever a continuação. Mas ainda pensando, nada confirmado.
Eu queria agradecer a TODOS que estão comigo lendo as porcarias que eu escrevo. Queria agradecer a paciência de vocês por me esperarem.
E quem quiser me adicionar no msn:
priscila.n@live.com
Beijos finais para todos e obrigada de novo :*

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Capítulo Vinte e Quatro - Nem tão bem.

Eu esperava ela começar. Mas ela me enviou um olhar quase me suplicando para começar.
- Foi o seguinte: A Viviane foi sequestrada - eu comecei.
Os pais dela deram pulos de susto e as bocas se abriram em pavor.
- Mas por sorte, eu consegui ir atrás da mulher que a sequestrou. Ela a levou para uma casa longe de tudo. E eu tentei negociar, fazer tudo.- Oh, meu anjo! - a sua mãe me interrompeu. - Sinto muito por isso tudo.
Ela a aninhou no peito.
- Ela estava só, mas estava armada. Eu tinha medo que ela machucasse a Viviane, por isso a demora. Eu tive que pensar um pouco antes de ir atrás dela.- Como ela era? - o pai dela me interrompeu.- Loira e.. - O que? Ela não podia dizer. Cocei a garganta a fazendo parar.- Ela fugiu e duvido que esteja no país ainda. Ela tinha condições financeiras. Não sei pra que ela tinha sequestrado a Vivi. Mas então, hoje eu consegui bolar um plano para entrar na casa e pegar a Vivi. Eu entrei na casa e por sorte a arma não estava com ela. Consegui pegar a arma, mas daí ela fugiu em um carro. Um carro grande, tipo uma van. Então eu a trouxe para casa.- Querida - a mãe dela falava com a voz falha.
- Nunca mais deixaremos acontecer isso - o pai dela disse beijando-a na cabeça.- Mas o que aconteceu antes dele entrar, Vivi? - Bruno perguntou.Engoli em seco. Era minha vez de mentir.- Eu tava aqui fora do condomínio. Não sei como ela entrou e saiu. Eu me lembro de estar lendo um livro e depois eu acordei lá fora e ela estava comigo. Então ela chegou perto de mim e eu não me lembro de mais nada. Quando acordei eu tava amarrada em uma cama em um quarto pequeno. Ela ia me ver, mas não falava nada, e ela nunca entrava no quarto. E depois eu ouvi um barulho do lado de fora e o... Roberto entrou no quarto e me trouxe.- Que mulher doida! - a mãe dela disse com a voz elevada. - Vá ligar para a polícia, Bruno. Diga que ela está aqui.
Bruno se levantou e foi para o telefone.
- O quanto eu devo agradecer? - sua mãe me perguntou.- Mas você devia ter ligado para nós, ou para a polícia.- Momentos desesperados. Ninguém pensa.- Mas eu estou a salvo. Nada mais importa do que passou.Todos concordaram, menos eu. Aquilo importava.Depois de algum tempo toda a polícia da cidade estava na casa dela.
Um policial barbudo chegou perto da Viviane pedindo para fazer perguntas. Mas ela disse que queria respondê-las depois.
Eu conversava com um policial alto e magro. Contei toda a mentira com os detalhes inventados.
O pai dela se livrou de todos os policiais e disse que a Vivi precisava de um momento de sossego.
- Acho que eu tenho que ir também - eu disse.
- Você quer que eu chame a Vivi? - a mãe dela perguntou.
- Não precisa. Deixe-a descançar.
- Obrigada de novo,Roberto. Eu não sei quanto agradecer.
- É o mínimo que eu podia ter feito.
Eles me levaram para a porta e antes que eu pudesse dizer o tchau eu vi a Viviane correndo pela escada e vindo me abraçar.
- Obrigada - ela sussurrou.
- Eu te vejo depois, Vivi.
Beijei-a na testa e fui para o carro.
Fui direto para a minha casa. Parecia vazia sem a Amanda, Sophia e Richard. Liguei para eles e em menos de um toque a Amanda atendeu.
- Oi, meu querido - ela disse com certa alegria.
- Eu sinto falta de vocês.
- Pois adivinhe onde nós estamos? No aeroporto de Fortaleza indo para ai. O nosso avião sai chega ai as uma e cinquenta da manhã.
- Estou ancioso para ver vocês.
- Vá descançar, Thomas. Você precisa.
Fui caminhando para o meu quarto e acendendo todas as luzes no caminho.
Entrei em minha cabana e me deitei na cama. Eu estava realmente cansado. Mal fechei os olhos e já estava dormindo. Abri os olhos sentindo o cheiro das flores do jardim. A porta estava aberta e o pouco vento de agosto trazia o cheiro. Levantei e antes de trocar de pé para andar a Amanda estava na minha frente.
- Você não pode ser um pouco mais humana? - eu perguntei.
- Não sou. Como ela está?
- Bem.
- E você?
- Com medo, pra falar a verdade.
- De que? - ela disse me puxando para sentar na cama e se sentou ao meu lado.
- De tudo. Eu estou trazendo perigo para a vida dela. Eu queria me afastar, mas eu a amo tanto.
- Oh, queri...
Ela foi interrompida pelo toque do celular e em menos de um segundo eu estava atendendo ele.
- Thomas?- Era bom se você me chamasse de Roberto.- É o costume.- Você tá bem? - perguntei.- Tô sim.- Dormiu bem?- Só acordei agora.- Fico preocupado contigo ai sozinha.- Eu estou bem, vou ficar bem. Mas eu to com saudade. - Eu ri.- Se eu pudesse estava ai agora. Mas a Sophia, o Richard e a Amanda chegam hoje - menti. Mas eu queria passar um tempo com eles.- Sério? - Aham. E eu tenho que fazer uma recepção boa. Eles passaram por muita coisa esses dias.- Sinto muito por isso.- Não é culpa sua. - É toda minha.- Você pode vir hoje a noite?- Claro, querida.- Tenho que ir agora. To com muita fome.- Certo. Até mais tarde.
Desliguei o telefone e a Amanda me encarava.
- Mentiu né Thomas?
- Eu quero passar um tempo com você.
Ela sorriu.
- Vá tomar um banho e nos vemos na sala.
Acenti com a cabeça e fui para o banho.
Passei a tarde com eles. Conversando sobre como seria nosso futuro agora em diante. Até que chegou a hora de eu ir vê-la.
Me vesti comum e peguei o meu carro. Fui quase voando para o seu condomínio e o segurança parecia demorar com aquela coisa simples. Até que ele abriu o portão e eu fui para a sua casa.
Eu vi ela saindo da casa, linda e sorridente. Eu sai do carro e caminhei ao seu encontro. Apenas olhando para seus olhos lindos.
A mão dela passou por minha nuca encostando nossos lábios. Eu passei a mão em sua cintura e a beijei. Até ouvirmos risadinhas de dentro da sala.
- Minhas amigas estão aqui.
Eu sorri e nós entramos.
- Meninas, Roberto - ela disse normalmente. Os olhos de suas amigas quase cairam e eu sorri. - Essas são Ana e Marianne.
- Prazer - eu disse.
Passamos algum tempo conversando e elas foram embora.
Ficamos só eu e ela na sala. Eu segurava seu rosto com cuidado enquanto olhava para seu rosto. Eu a amava. Mas ela não merecia alguém como eu. Como ela iria viver tendo um namorado vampiro? Eu iria aguentar dar adeus para o amor da minha vida?
Eu a encarei e deixei ela ouvir o silêncio absoluto. Aproximei nosso rostos e a beijei.






/ Eu prometo que não vou demorar e demoro mais DIUSHD Desculpem mesmo gente. Mas aconteceu um imprevisto com minha família e me perdoem. :// Nicole amor, me desculpe mas eu escrevi isso na minha madrugada e você não tava online daí nem deu pra você dar sua revisada.

domingo, 28 de junho de 2009

Capítulo Vinte e Três - Tudo bem

Minha família toda olhava para mim e eu olhava para o Thomas, pedindo ajuda.
- Foi o seguinte: - ele começou. - A Viviane foi sequestrada.
Eu ouvi um suspiro de pavor vindo de todos.
- Mas por sorte, eu consegui ir atrás da mulher que a sequestrou. Ela a levou para uma casa longe de tudo. E eu tentei negociar, fazer tudo.
- Oh, meu anjo! - minha mãe o interrompeu. - Sinto muito por isso tudo.
E me agarrou mais no seu peito.
- Ela estava só, mas estava armada. Eu tinha medo que ela machucasse a Viviane, por isso a demora. Eu tive que pensar um pouco antes de ir atrás dela.
- Como ela era? - meu pai interrompeu.
- Loira e.. - comecei, mas o Thomas coçou a garganta.
- Ela fugiu e duvido que esteja no país ainda. Ela tinha condições financeiras. Não sei pra que ela tinha sequestrado a Vivi. Mas então, hoje eu consegui bolar um plano para entrar na casa e pegar a Vivi. Eu entrei na casa e por sorte a arma não estava com ela. Consegui pegar a arma, mas daí ela fugiu em um carro. Um carro grande, tipo uma van. Então eu a trouxe para casa.
- Querida - minha mãe lamentava.
- Nunca mais deixaremos acontecer isso - meu pai disse beijando minha cabeça.
- Mas o que aconteceu antes dele entrar, Vivi? - meu irmão perguntou.
Engoli em seco. Era minha vez de mentir.
- Eu tava aqui fora do condomínio. Não sei como ela entrou e saiu. Eu me lembro de estar lendo um livro e depois eu acordei lá fora e ela estava comigo. Então ela chegou perto de mim e eu não me lembro de mais nada. Quando acordei eu tava amarrada em uma cama em um quarto pequeno. Ela ia me ver, mas não falava nada, e ela nunca entrava no quarto. E depois eu ouvi um barulho do lado de fora e o - parei para falar Roberto e não Thomas. - Roberto entrou no quarto e me trouxe.
- Que mulher doida! - minha mãe quase gritou.
- Vá ligar para a polícia, Bruno. Diga que ela está aqui.
Bruno levantou-se e foi para o telefone.
- O quanto eu devo agradecer? - minha mãe perguntou pro Thomas.
- Mas você devia ter ligado para nós, ou para a polícia - meu pai retrucou.
- Momentos desesperados. Ninguém pensa.
- Mas eu estou a salvo. Nada mais importa do que passou.
Meus pais concordaram comigo.
Em dez minutos toda a polícia do Juazeiro do Norte estava na frente de minha casa.
- Gostaria que você nos respondesse algumas perguntas. - Um policial barbudo veio para mim.
- Pai? Eu poderia responder isso outro dia? Eu preciso dormir um pouco.
- Claro que sim, querida.
Enquanto meu pai e minha mãe conversavam com os policiais, juntamente com o Thomas, eu subi para meu quarto.
Notei que mesmo dois dias eu estava com uma saudade absurda do meu quarto, minha família, minha vida. Lembrei de minhas amigas. Fui direto pro telefone e fiz uma ligação de três.
- Meninas?
- Viviane! - elas fizeram um coro.
- Que saudade de vocês.
- Quando você voltou? Como...? - Mariane começou a falar.
- Calma. Eu estou bem. Vou contar tudo.
Contei a minha mentira, que agora parecia mesmo a verdade.
- Nossa. Que aventura. - Ana disse quando eu terminei.
- Ana! Ela acabou de ser sequestrada.
- Eu senti falta de vocês.
- A gente vai ai mais tarde. Depois que você descansar - Mariane disse.
- Perfeito.
Desliguei e notei que o barulho no andar de baixo tinha parado. Desci as escadas e vi o Thomas na porta se despedindo de meu pai e minha mãe.
Corri para ele e o abracei.
- Obrigada - sussurrei no ouvido dele.
- Eu te vejo depois, Vivi - ele beijou minha cabeça e foi para o carro.
Acenei e entrei.
Depois de mais alguns abraços de minha mãe e meu pai eu consegui voltar para o quarto.
Peguei um vestido para dormir e fui tomar um banho quente. Um banho depois daqueles dias parecia a melhor coisa do mundo.
Fechei minhas cortinas e fui para minha cama. Mal deitei e meus olhos caíram.
Abri meus olhos e ainda fazia sol, mas eu estava coberta e meu ar condicionado estava ligado. Levantei e olhei para meu quarto. Era realmente muito bom estar de volta.
Eu olhei para o relógio sobre minha mesinha e marcava onze e meia. Não podia ser da noite que o sol estava vindo ainda. Era de manhã? Eu dormi isso tudo?
Corri pro meu banheiro e tomei um banho nas pressas. Vesti um short qualquer jeans e uma blusa branca e calcei minhas havaianas.
Desci as escadas correndo e pulei no sofá.
Peguei o telefone e liguei de novo para a Mariane e a Ana.
- Oi, meninas - eu disse animadamente.
- Nós fomos ai, mas você estava tão fofa dormindo que resolvemos não acordar - Ana disse.
- Tudo bem. Eu acabei de acordar. Por que vocês não vêm para cá?
- Claro. To com saudade de você - Mariane disse.
- Eu também.
- Eu também tô, das duas.
Desliguei e liguei automaticamente para o Thomas. No meio do primeiro toque, ele atendeu.
- Thomas?
- Era bom se você me chamasse de Roberto.
- É o costume.
- Você tá bem? - ele perguntou.
- Tô sim.
- Dormiu bem?
- Só acordei agora.
- Fico preocupado contigo ai sozinha.
- Eu estou bem, vou ficar bem. Mas eu to com saudade. - Ele riu.
- Se eu pudesse estava ai agora. Mas a Sophia, o Richard e a Amanda chegam hoje.
- Sério? - Quase pulei do sofá.
- Aham. E eu tenho que fazer uma recepção boa. Eles passaram por muita coisa esses dias.
- Sinto muito por isso - murmurei.
- Não é culpa sua.
- Você pode vir hoje a noite?
- Claro, querida.
- Tenho que ir agora. To com muita fome.
- Certo. Até mais tarde.
Almocei e fiquei vendo TV até as meninas chegarem.
Quando elas chegaram a gente ficou conversando sobre meu suposto sequestro e como elas ficaram com tudo isso. E depois fomos para assuntos mais alegres.
- O seu namorado lhe salvou, né? - Ana disse dando ênfase no namorado.
- Como você tem um namorado e não diz pra gente? - Mariane perguntou.
- Desculpem, queridas. Eu não sabia que ele era meu namorado até o sequestro.
- Mas conta dele - Ana disse.
- Ele é bonito. Muito bonito.
- Como é o nome dele? - Mariane perguntou.
- Th.. Roberto. Ele tem vinte anos e o pai dele é muito rico.
Elas riram do rico e começaram a falar sobre os ex-namorados delas. O interfone tocou e eu fui atender.
- Oi.
- Roberto.
- Deixa entrar - eu disse.
Voltei pra sala e disse para as meninas que ele tava chegando. Elas ficaram na sala esperando e eu fui abrir a porta, já estava escurecendo. O tempo passa rápido com elas. O carro dele estava parado e ele saiu dele.
Ele estava lindo, como sempre. Vestia uma calça jeans preta e uma blusa branca de botões. Ele era o exemplo de beleza para mim.
Eu passei minha mão na nuca dele e trouxe seu rosto para eu beijar. Ele passou a mão na minha cintura e nós nos beijamos até eu ouvir risadinhas de dentro da sala.
- Minhas amigas estão aqui - eu disse.
Thomas sorriu e entrou comigo.
- Meninas, Roberto - elas disseram oi com os olhos arregalados. - Essa é a Ana e a Marianne - apontei cada uma.
- Prazer - ele disse e deu um meio sorriso maravilhoso.
Bom, depois de meia hora de conversa elas ficaram normais e começaram a conversar. Eles se deram bem. E era tudo o que eu queria. Minhas melhores amigas e meu namorado se dando bem.
Depois elas foram e ficou apenas eu e o Thomas na sala.
Ele acariciava meu rosto com as costas das mãos e observava cada parte do meu rosto. Eu sorria de pensar como uma coisa tão boba pudesse me fazer sentir completa. Ele me olhou nos olhos e eu deixei de ouvir o pouco barulho que eu ouvia. Ele aproximou nossos rostos até eu sentir a sua respiração, fechei os olhos ao sentir os lábios dele nos meus. Estava tudo bem agora.

/ Gente, desculpem pela demora. Desculpem mesmo. Mas ai está o 23. E logo virá o 24 e o final (?). Eu ainda não li nada de ninguém por a falta de tempo, mas vou logo ler. Beijo para todo mundo que teve paciência(muita) de esperar :*

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Aviso!

Oi pessoas bonitas que leem minha história. Assim, eu queria muuito ter algo para postar hoje, mas como sou uma descançada não tenho nada. E quero dizer que eu só vou poder voltar a escrever depois do dia 19/06, por causa de minhas provas e eu preciso me sair bem. E talvez eu poste no final de semana começando no dia 19, vou tentar apenas ok, porquê tem o São João maravilhoso de minha escola.
Queria pedir para entrarem (quem ainda não entrou) na comunidade: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=85976513


Não vão esquecer de mim ok? Estarei de volta e saibam que eu NUNCA esqueço disso.
Beeijo bem grande pra vocês :*

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Capítulo Vinte e Dois - Volta para casa

Eu dei meu máximo para correr o suficiente para passar pelo resto do país e um pouco do oceano que me separava dela. Fiz de tudo para não ser visto por ninguém também. Eu não queria mais uma confusão por perto.
Chegando lá, peguei um táxi. Eu corria menos riscos chegando no aeroporto com uma mala de táxi, apesar de minha cor no sol me entregar. Eu devia estar bem longe do aeroporto, por que a viagem demorou mais ou menos uma hora.
Estava lotado de gente e minha busca estava me agoniando. Eu a escutava, mas de longe e muito baixo para seguir o som.
Lembrei do celular que a Sophia deixava na bolsa e fuga de emergência. Sabia que aquela bolsa seria útil um dia. Peguei meu celular e procurei o número na agenda, que sempre estivera ali.
- Thomas? - Suspirei de alívio por ouvir a voz dela.
- Onde você está, querida?
- Sentada em um banco.
Me virei para onde teria um banco, e a vi. Foi como nos filmes, todo mundo se afastou e eu a vi.
- Estou lhe vendo - disse.
Andei para ela, com o som do coração dela ficando mais claro a cada passo que eu dava. Ela estava em pé olhando para todos os lados.
Quando cheguei bem próximo dela e ela virou-se para onde meu corpo estava. Ouvi o coração dela acelerar e dei um sorriso sem esforços. Era tão bom escutar o coração dela tão de perto.
Ela me olhou nos olhos e eu não me importei em fazer silêncio para ela, e ela sorriu. Parecia gostar disso. De repente o sorriso dela sumiu e ela baixou a cabeça.
Eu queria poder saber o que passava na mente dela, como os vampiros sabem uns dos outros. Me abaixei um pouco para que ela visse meu rosto e ela sorriu novamente.
Coloquei minha mão na sua cintura e aproximei meu rosto do dela, sentindo seu cheiro agradável e escutando seu coração acelerar freneticamente.
Ela fechou os olhos e eu me aproximei mais, encostando meus lábios nos dela. Ela passou seu braço pela minha nuca, mas logo se afastou. Ela ficou por alguns segundos respirando forçadamente olhando para o chão e eu ouvi seu coração desacelerar.
- Pronta para ir?
- Pronta - ela disse.
Eu peguei a mala que ela carregava roupas, provavelmente minhas, junto com a minha mala com coisas de urgência. Usei minha mão livre e peguei a mão dela. Caminhei o tempo todo olhando para ela, aproveitando cada parte do tempo que eu teria com ela. Chegamos à empresa, a única, que ia para o Juazeiro e uma moça me sorriu educadamente oferecendo ajuda.
- Duas para Juazeiro.
- O primeiro vôo é daqui a duas horas.
Olhei para minha Viviane que olhava para mim com olheiras abaixo dos olhos azuis. Eu poderia levá-la para lá em menos de duas horas, mas isso a cansaria, e provavelmente eu ficaria menos tempo com ela.
- Duas, por favor - repeti o pedido.
A moça assentiu com a cabeça e pediu nossos nomes e eu paguei com o cartão que eu levava na bolsa.
Depois que as passagens estavam compradas eu ouvi a barriga da Viviane roncar e então a levei para a praça de alimentação para comer. Ela olhou vários restaurantes que vários humanos iriam gostar. Mas ela fazia careta para todos.
Ela entrou no McDonalds e tudo parecia muito prejudicial a saúde.
- Isso não vai lhe fazer mal? - Perguntei tentando fazê-la desistir.
- Quero isso.
Quase vi um biquinho se formar no seu lábio inferior.
Ela saiu para o balcão e eu segui para as mesas. Sentei em uma mesa no canto da lanchonete e ela veio com uma bandeja cheia de comida.
A observei comer em silêncio, ela mal me notara enquanto comia.
- Temos uma hora e alguns minutos de sobra. - Disse quando ela acabou de comer.
- Que tal conversarmos sobre a desculpa que devo dar a minha mãe por passar.. er... alguns dias fora.
- Dois. - A corrigi.
Bom, mas pensar na desculpa. Vampiros está fora de cogitação. Dizer que ela esteve fora do país pior ainda. Não sei como ela voltou para o Brasil, mas isso não pode me ocupar agora.
- Vamos dizer a verdade. - Ela arregalou os olhos. - Vamos dizer que você foi sequestrada por uma mulher. Eu a achei depois de um dia procurando. Ela fugiu e pronto. Nada de dizer fora do país. Ou sobre quem eu.. sou.
- Parece bom. E toda minha família vai lhe idolatrar. - Eu ri.- Esse é um dos motivos da história.- Mas e quanto a minha roupa? Eu não devia estar vestindo a mesma?- Diz que ela mandou você trocar. O que ela fez.- Verdade - ela concordou.
Mexi na bolsa procurando a chave do carro que estaria no Juazeiro. E meu celular que assim que eu a deixasse segura, eu ligaria para minha família. Mas aqueles panos todos estavam atrapalhando minha procura.
Levantei minha cabeça e a vi com os olhos fixos em mim, mas com a mente bem longe dali.
- Vamos? - Ousei interromper.
Ela apenas assentiu com a cabeça e seguimos para um banco de mãos dadas.
Sentamos no banco e eu botei a bolsa nos meus joelhos, e voltei a procurar, entre os retalhos e blusas minhas, meu celular e a chave. Encontrei uma mini bolsa branca. A abri e lá estava as chaves e um papel dobrado.
Olhei para a Viviane, mas ela parecia entretida com as outras pessoas.
No papel dizia:
"Nós te amamos. Estaremos logo com você. A."
Sorri para mim mesmo. Dobrei o papel e botei no bolso, junto com a chave e voltei a procurar o celular que eu tinha jogado na bolsa antes de sair de Oxnard. Ele pegaria no Juazeiro, ao contrário do que eu carregava no bolso.
Encontrei ele e botei no bolso, tirando o que estava lá e jogando na bolsa.
- Está na hora do avião - falei olhando para o relógio. - Vamos?
Ela fez que sim com a cabeça e seguimos para a sala de embarque.
A viagem foi silenciosa, apenas sentido o calor do corpo um do outro. Eu não tirava as mãos das dela por nada.
O aeroporto de Juazeiro do Norte podia ser definido como formigueiro. Muita gente, pouco espaço. Pegamos as malas e seguimos para o estacionamento, maior que a parte interna do aeroporto.
Meu carro estava parado lá. Desativei o alarme e a Viviane fez uma careta olhando para ele.
- Deixou o carro aqui?- Eu não pretendia lhe abandonar - respondi. Isso já estava estampado na minha testa, não?
Ela sorriu e eu abri a porta de passageiro para ela.
Viviane se encostou no carro e passou a mão no meu pescoço, fazendo eu sorrir por dentro. Ela deslizou a mão para minha nuca e eu aproximei nossos rostos. Encostei meus lábios nos dela e eu pude ouvir apenas o seu coração. Nos beijamos até ela afastar o rosto do meu e respirar fundo algumas vezes. Mas eu segurei o rosto dela no meu, apenas escutando sua respiração.
- Eu amo você - ela disse.
- Eu também amo você.
Beijei sua testa e ela entrou no carro.
Coloquei as malas no porta malas e entrei no carro.
Eu sabia o caminho, não era difícil aprender a andar naquela cidadezinha. Eu vi a Viviane arrancando as próprias mãos com as unhas algumas vezes durante a viagem.
- Seus pais e a Amanda vão voltar para cá? - ela perguntou, livrando as palmas das mãos das unhas.- Espero que sim. Gostaria de viver com vocês quatro.- Eles gostam de mim, né?
Ela fez uma careta esperando a resposta.- Claro que gostam. Principalmente o Richard.- Não parece.- Ele entende o que eu sinto por você mais do que ninguém.- Quer dizer que ele e a Sophia... - Assenti com a cabeça antes do resto da pergunta.- E a Amanda ainda falta.- Eu adoro ela. Ela parece tão... - ela fazia uma cara pensativa pro nada. - única.- Amanda é especial. Ela é uma criança, apenas quer ajudar a todos. - Houve silêncio. - Queria um dia conhecer sua família e poder falar de todos.- Meu pai é protetor. Ele tem um jeito de querer esconder todo o amor que sente, mas a gente sempre nota. E ele é um completo louco por minha mãe. Pra ele só existe uma mulher no mundo: minha mãe. Minha mãe é... perfeita! Ela parece ser aquelas chatas, sabe? Mas ela é a melhor pessoa que eu conheci. Ela tem essa maneira de saber o que você quer, pensa. Meu irmão é uma criança. Ele sempre tenta esconder as coisas, mas nunca dá certo. Ele é lindo e legal. Ele tem bons amigos e é um bom amigo.- Parece uma família e tanto. Mas e quanto a seus amigos?- Bom. A Ana é tão absurda. Ela tem os olhos cor de mel e cabelos como um anjo, mas não parece nada como um anjo, sabe? Mariane é o tipo de pessoa que lhe conquista com as palavras. Ela com certeza seria uma boa escritora e namorada. De bons amigos eu só tenho elas.- E quanto a um menino da sua escola? Amanda me contou.
E a propósito, não gosto de dividir você com ele- Ah. O George. Ele é tão legal e tem uns olhos lindos.- Hã? - O ciúme tinha tomado cada veia minha agora.- Não chegam nem perto dos seus, querido. - Ela sorriu. - Ele é bem legal e talvez eu vá ser muito amiga dele.- Que bom, querida. - Consegui manter minha voz firme, apesar do ciúme.
Parei com o carro na frente do condomínio conhecido. Abaixei o vidro e a Viviane se esticou por cima de mim.
- Deixe-me entrar, por favor. - Viviane me pareceu convincente com o tom de voz.
O porteiro abriu o portão com os olhos assustados para o carro.
- Boa atriz - eu disse assim que fechei o vidro.
- Acabei de ser sequestrada.
E lá estávamos nós.
Na casa de porta azul que parecia tão feliz em todos os dias, menos hoje.
Parei o carro e vi a mãe da Viviane sair da porta azul, com os olhos no carro.
- Fique aqui - eu disse e sai do carro.
Acompanhei ela até a porta da Viviane, onde eu abri a porta e ela caiu de joelhos na rua de pedra dali. Envolveu os braços na filha e ela a abraçou também. Eu ouvia lágrimas e elas não se soltavam.
Elas afastaram um pouco o rosto e eu vi um sorriso mal feito se formar no rosto da Viviane e a mãe dela a abraçou de novo.
- Querida, você está bem? - a mãe dela perguntou para ela e ela apenas fez que sim com a cabeça.
Um menino chegou do lado do carro, parecia ser irmão dela. Não tirava os olhos dela também.
- Me tire daqui, sim? - Viviane me pediu e eu passei meus braços por ela, tirando-a.
Ela parou na frente do menino e eles se abraçaram fortemente, mesmo eu a segurando.
- Que saudade - ele disse.
Viviane se esticou para o lado e viu um carro. Um homem desceu de lá e ela me soltou, caindo nos braços dele.
- O que houve querida? - Ele perguntou a abraçando.
- Vamos lá para dentro.
Ele a segurou como eu fiz e virou com ela em direção a casa.
Viviane virou-se para trás e me chamou com a mão. A segui.
Todos sentaram no sofá e eu fiquei em pé.
- Sente-se, por favor - a mãe dela falou para mim.
- Então... O que houve? - o pai dela repetiu a pergunta.

Depois de, er, algum tempo. Mas postei. Só quero dividir isso com você, porquê tô muito muito feliz, ok: Sábado é meu show de mcfly *-*. Beijos para todo mundo :*

domingo, 3 de maio de 2009

Capítulo Vinte e Um - Reencontro

Eu aproveitei as horas que eu tinha voado para botar meus pensamentos no lugar. Não que desse muito certo. O ronco do senhor ao meu lado não me deixava dormir e a incerteza de Thomas estar em Fortaleza me consumia. A aeromoça me perguntou se eu estava bem em três línguas diferentes, até chegar ao inglês de novo. Respondi que sim e agradeci. Desde então ela não tirou os olhos de mim nem um segundo.
Resolvi me acalmar então. Pensar nos meus pais me acalmaria, ou não. Eles não me deixariam sozinhos sem ter uma desculpa a dar pelo dia, ou dois, que passei longe. Lembrar da mentira que eu teria que bolar me fez arranhar a palma de minhas mãos de nervosismo.
- Você já andou de avião? - Uma senhora ao meu lado me perguntou em português. Assenti. Ela sorriu e voltou a se encostar na cadeira.
Encostei-me também e fechei os olhos. Eu sabia como me preocupar com as coisas antes do tempo, o ruim era tirar as preocupações da cabeça.
Depois de algumas longas horas a aeromoça anunciou nossa chegada em inglês e depois em português. A luz de apertar os cintos acendeu e eu coloquei-os depressa. O avião baixou e eu, enfim, sai em um lugar que conhecia.
Arrastei minha bolsa grande e a pequena botei nos braços. Encostei a bolsa grande nos bancos e me sentei lá. Abri a bolsa pequena e tinha uma carteira de couro marrom. A abri e estava repleta de dinheiro. A fechei depressa, eu já estava no Brasil afinal de contas. O celular estava desligado e o liguei.
Ele começou a tocar segundos depois de ligado. Era o número que eu conhecia.
- Thomas? - Falei sem fôlego. Ouvi um suspiro dele e eu sorri.
- Onde você está, querida?
- Sentada em um banco.
- Estou lhe vendo. - Ele disse e eu me levantei.
Passei a vista por o meio das pessoas na minha frente, levantei os pés e nada. Olhei para trás de mim e fiz o mesmo, e nada. Virei-me para frente e o vi a dez centímetros de mim. Meu coração acelerou covardemente e eu vi o sorriso perfeito dele na minha frente.
Os olhos dele traziam um azul claro, como um céu sem nuvens. O barulho perturbador do local parou e eu sorri para ele.
Agora éramos apenas nós, sem loiras loucas ou vampiros.
Lembrei de que ele era um vampiro agora. Baixei a cabeça tentando consertar meus pensamentos.
Eu poderia me sentir apaixonada com alguém que não se encaixava na realidade? Ele olhou nos meus olhos e eu esqueci de tudo no momento. Sim, eu poderia me apaixonar por ele.
Sorri o mesmo sorriso que tinha se desfeito do meu rosto. Senti a mão dele na minha cintura e seu rosto se aproximou do meu. Meu coração acelerou novamente.
Eu fechei os olhos e senti a respiração dele na minha pele. Tentei igualar minha respiração à dele, mas parecia impossível.
Ele encostou seus lábios nos meus e, se suas mãos não estivessem em mim, eu cairia. Nos beijamos, não como antes, mas com um amor que agora nós dois sabíamos que éramos retribuídos. Consegui botar minha mão sobre sua nuca.
Soltei meu rosto do dele pela falta de ar. Baixei a cabeça tentando fazer meu coração bater normalmente.
- Pronta para ir? - Ele perguntou.
- Pronta.
Ele pegou minha mala e a carregou junto com a dele de mão, levei minha bolsa pequena em um braço. Demos as mãos e atravessamos o aeroporto até chegar à empresa aérea que ia para Juazeiro.
Uma moça atrás da bancada sorriu para nós educadamente.
- Duas para Juazeiro. - Ele disse.
- O primeiro vôo é daqui a duas horas.
Thomas olhou para mim e depois para moça.
- Duas, por favor. - Ele repetiu.
Demorou um tempo até que a moça nos entregasse as passagens.
Com as passagens compradas nós fomos atrás de um restaurante no aeroporto. Notei agora que minha barriga roncava. Nada estava no meu agrado, até achar um McDonalds. Nada melhor que uma boa cota de gordura depois de passar dois dias sem comer.
- Isso não vai lhe fazer mal? - Thomas perguntou quando a gente entrava no McDonalds.
- Quero isso. - Fiz de teimosa.
Fui para o balcão e pedi. Paguei com o dinheiro da bolsa que Sophia havia me entregado.
Sai com minha bandeja para a mesa onde o Thomas estava sentado e as bolsas aos pés. Sentei-me e devorei meu Cheedar enquanto ele fazia caretas olhando para meu sanduíche delicioso.
- Temos uma hora e alguns minutos de sobra. - Ele disse quando eu acabei de comer.
- Que tal conversarmos sobre a desculpa que devo dar a minha mãe por passar.. er... alguns dias fora.
- Dois. - Ele ficou em silêncio e encarou o nada, parecendo pensar. - Vamos dizer a verdade. - Arregalei os olhos. - Vamos dizer que você foi sequestrada por uma mulher. Eu a achei depois de um dia procurando. Ela fugiu e pronto. Nada de dizer fora do país. Ou sobre quem eu.. sou.
- Parece bom. E toda minha família vai lhe idolatrar. - Ele riu.
- Esse é um dos motivos da história.
- Mas e quanto a minha roupa? Eu não devia estar vestindo a mesma?
- Diz que ela mandou você trocar. O que ela fez.
- Verdade.
Com minha história pronta eu me senti mais tranquila. Um pouco. Eu ainda tinha um frio na barriga que não dava para explicar por que. Talvez por querer gritar de medo, mas meu coração não deixava eu me afastar do Thomas.
Ele mexia em algumas coisas dentro da bolsa dele enquanto eu o observava.
Toda vez que eu o olhava ele estava mais lindo. Talvez a beleza dele estivesse relacionada ao que ele é. Todos os vampiros que eu havia visto esses dias eram maravilhosamente lindos.
- Vamos? - Ele interrompeu minhas lembranças dos vampiros. Assenti com a cabeça e seguimos de mãos dadas para um banco vazio.
Ele voltou a mexer na bolsa. Me distrai com as outras pessoas, para tirar minha cabeça dele. Passou um grupo de quatro meninas, todas olhavam para o Thomas. Será que se elas soubessem que ele é um vampiro continuariam olhando para ele e fazendo comentários sobre sua beleza? Elas sentariam ao lado dele sabendo disso? Elas o amariam mesmo sabendo de toda a verdade? Duvidava que sim.
Ouvi a bolsa sendo jogada no chão e pulei de susto. Ele passou o braço no meu ombro e eu segurei a mão dele no meu ombro. Ficamos o resto que faltava de tempo ali, sem dizer uma palavra. Apenas aproveitando a presença um do outro, e eu mais ainda. Sabia que quando minha mãe soubesse do meu suposto sequestro eu ficaria em casa e quando fosse sair seria com ela ou o papai. Mas por o Thomas ter, supostamente, me salvo, eles iriam o idolatrar.
Minha mente agora foi para 600 quilômetros dali. Meus pais sempre eram tão atenciosos comigo, sempre tão amáveis, tão amados. Meu irmão, tão lindo e eu o amava tanto. Minhas melhores amigas, que sempre me davam atenção demais comparada a minha com elas. Eu os amava tanto, e eu nunca me perdoaria se qualquer coisa acontecesse com eles por um dos vampiros. E sem esquecer do meu novo amigo, que ele com certeza seria um grande amigo.
- Está na hora do avião. Vamos?
Assenti com a cabeça e nós fomos para a sala de embarque.
A viagem foi igualmente silenciosa, mas boa.
O aeroporto de minha cidade era minúsculo comparado com o de Fortaleza e principalmente o de Los Angeles, mas estava cheio de gente. Pegamos as malas e fomos para o estacionamento, onde o carro preto dele estava na frente da porta.
- Deixou o carro aqui? - Perguntei.
- Eu não pretendia lhe abandonar.
Eu sorri para ele e ele abriu a porta do passageiro pra mim.
Passei a mão no seu pescoço e depois na sua nuca. Ele aproximou nossos rostos e encostou os lábios nos meus. Nos beijamos por um bom tempo, até meu ar acabar totalmente.
Ele encostou nossos rostos enquanto eu tentava ajeitar minha respiração desregular.
- Eu amo você. - Eu sussurrei.
- Eu também amo você.
Ele beijou minha testa e eu entrei no carro.
O caminho conhecido para minha casa estava me dando náuseas.
- Seus pais e a Amanda vão voltar para cá?
- Espero que sim. Gostaria de viver com vocês quatro.
- Eles gostam de mim, né?
- Claro que gostam. Principalmente o Richard.
- Não parece.
- Ele entende o que eu sinto por você mais do que ninguém.
- Quer dizer que ele e a Sophia... - Não terminei a pergunta e ele assentiu com a cabeça.
- E a Amanda ainda falta.
- Eu adoro ela. Ela parece tão... - tinha alguma palavra para descrevê-la? - única.
- Amanda é especial. Ela é uma criança, apenas quer ajudar a todos. - Houve silêncio. - Queria um dia conhecer sua família e poder falar de todos.
- Meu pai é protetor. Ele tem um jeito de querer esconder todo o amor que sente, mas a gente sempre nota. E ele é um completo louco por minha mãe. Pra ele só existe uma mulher no mundo: minha mãe. Minha mãe é... perfeita! Ela parece ser aquelas chatas, sabe? Mas ela é a melhor pessoa que eu conheci. Ela tem essa maneira de saber o que você quer, pensa. Meu irmão é uma criança. Ele sempre tenta esconder as coisas, mas nunca dá certo. Ele é lindo e legal. Ele tem bons amigos e é um bom amigo.
- Parece uma família e tanto. Mas e quanto à seus amigos?
- Bom. A Ana é tão absurda. Ela tem os olhos cor de mel e cabelos como um anjo, mas não parece nada como um anjo, sabe? Mariane é o tipo de pessoa que lhe conquista com as palavras. Ela com certeza seria uma boa escritora e namorada. De bons amigos eu só tenho elas.
- E quanto a um menino da sua escola? Amanda me contou.
- Ah. O George. Ele é tão legal e tem uns olhos lindos.
- Hã? - Thomas abriu a boca em sinal de indignação.
- Não chegam nem perto dos seus, querido. - Ele sorriu. - Ele é bem legal e talvez eu vá ser muito amiga dele.
- Que bom, querida.
Nosso caminho tinha acabado e agora estávamos na frente do meu condomínio. Thomas baixou o vidro e eu me estiquei pra falar com o porteiro.
- Deixe-me entrar, por favor. - Falei com voz de cansaço e ele abriu o portão depois de abrir os olhos surpresos.
Thomas subiu o vidro e entramos no condomínio.
- Boa atriz.
- Acabei de ser sequestrada.
Minha casa parecia a mesma. As paredes continuavam em um branco perfeito com as janelas de vidro e suas cortinhas claras. A porta azul ainda tinha o mesmo tom de azul. Paramos o carro e vi minha mãe abrindo a porta da frente.
- Fique ai. - Thomas disse saindo do carro.
Ele e minha mãe passaram pelo carro para meu banco. Fiz cara de triste e abatida, afinal eu acabara de ser sequestrada. Thomas abriu a porta e minha mãe se ajoelhou perto de mim, envolvendo os braços em minha volta. Botei meus braços nela. Que saudade que eu tinha dela. Eu não sabia o que aconteceria a ela se eu não voltasse. Os olhos dela estavam vermelhos, juntamente com seu nariz. Eu fiz o máximo para sorrir um sorriso abatido pra ela. Creio que funcionou, pois ela voltou a me abraçar.
- Querida, você está bem? - Assenti com a cabeça e vi meu irmão chegando.
- Me tire daqui, sim? - Pedi para o Thomas e ele me ajudou a sair do carro.
Passei um braço no pescoço dele, como se precisasse de ajuda até para andar. Paramos na frente do Bruno e ele me abraçou apertado. Usei minha mão livre para abraçá-lo.
- Que saudade. - Ele disse.
Ouvi um carro parando na nossa frente e estiquei o pescoço para ver. Meu pai estava descendo do carro, deixando a porta aberta.
Ele chegou perto de mim e eu soltei o braço do Thomas e cai em seus braços. Ele me abraçou, me segurando, pois eu botava meu peso nas pernas.
- O que houve querida? - Ele perguntou.
- Vamos lá para dentro.
Ele passou meu braço pelo seu pescoço, como o Thomas. Usei meu braço livre para chamar o Thomas para entrar com a gente.
Meu pai me botou no sofá e minha mãe sentou ao meu lado, botando minha cabeça no seu ombro e me dando toda a atenção. Meu pai sentou do outro lado e o Bruno sentou ao lado da mamãe.
- Sente-se, por favor. - Minha mãe falou e o Thomas sentou no outro sofá.
- Então.. O que houve? - Meu pai repetiu a pergunta.

GEEENTE, que saudade KK Mas eu voltei ok? Com esse capítulo eu descobri que vai demorar um pouquinho mais para acabar, mas não muito ok? :D Bom gente, espero que goste do meu capítulo depois de quase um mês. Superbeijo :*