domingo, 28 de junho de 2009

Capítulo Vinte e Três - Tudo bem

Minha família toda olhava para mim e eu olhava para o Thomas, pedindo ajuda.
- Foi o seguinte: - ele começou. - A Viviane foi sequestrada.
Eu ouvi um suspiro de pavor vindo de todos.
- Mas por sorte, eu consegui ir atrás da mulher que a sequestrou. Ela a levou para uma casa longe de tudo. E eu tentei negociar, fazer tudo.
- Oh, meu anjo! - minha mãe o interrompeu. - Sinto muito por isso tudo.
E me agarrou mais no seu peito.
- Ela estava só, mas estava armada. Eu tinha medo que ela machucasse a Viviane, por isso a demora. Eu tive que pensar um pouco antes de ir atrás dela.
- Como ela era? - meu pai interrompeu.
- Loira e.. - comecei, mas o Thomas coçou a garganta.
- Ela fugiu e duvido que esteja no país ainda. Ela tinha condições financeiras. Não sei pra que ela tinha sequestrado a Vivi. Mas então, hoje eu consegui bolar um plano para entrar na casa e pegar a Vivi. Eu entrei na casa e por sorte a arma não estava com ela. Consegui pegar a arma, mas daí ela fugiu em um carro. Um carro grande, tipo uma van. Então eu a trouxe para casa.
- Querida - minha mãe lamentava.
- Nunca mais deixaremos acontecer isso - meu pai disse beijando minha cabeça.
- Mas o que aconteceu antes dele entrar, Vivi? - meu irmão perguntou.
Engoli em seco. Era minha vez de mentir.
- Eu tava aqui fora do condomínio. Não sei como ela entrou e saiu. Eu me lembro de estar lendo um livro e depois eu acordei lá fora e ela estava comigo. Então ela chegou perto de mim e eu não me lembro de mais nada. Quando acordei eu tava amarrada em uma cama em um quarto pequeno. Ela ia me ver, mas não falava nada, e ela nunca entrava no quarto. E depois eu ouvi um barulho do lado de fora e o - parei para falar Roberto e não Thomas. - Roberto entrou no quarto e me trouxe.
- Que mulher doida! - minha mãe quase gritou.
- Vá ligar para a polícia, Bruno. Diga que ela está aqui.
Bruno levantou-se e foi para o telefone.
- O quanto eu devo agradecer? - minha mãe perguntou pro Thomas.
- Mas você devia ter ligado para nós, ou para a polícia - meu pai retrucou.
- Momentos desesperados. Ninguém pensa.
- Mas eu estou a salvo. Nada mais importa do que passou.
Meus pais concordaram comigo.
Em dez minutos toda a polícia do Juazeiro do Norte estava na frente de minha casa.
- Gostaria que você nos respondesse algumas perguntas. - Um policial barbudo veio para mim.
- Pai? Eu poderia responder isso outro dia? Eu preciso dormir um pouco.
- Claro que sim, querida.
Enquanto meu pai e minha mãe conversavam com os policiais, juntamente com o Thomas, eu subi para meu quarto.
Notei que mesmo dois dias eu estava com uma saudade absurda do meu quarto, minha família, minha vida. Lembrei de minhas amigas. Fui direto pro telefone e fiz uma ligação de três.
- Meninas?
- Viviane! - elas fizeram um coro.
- Que saudade de vocês.
- Quando você voltou? Como...? - Mariane começou a falar.
- Calma. Eu estou bem. Vou contar tudo.
Contei a minha mentira, que agora parecia mesmo a verdade.
- Nossa. Que aventura. - Ana disse quando eu terminei.
- Ana! Ela acabou de ser sequestrada.
- Eu senti falta de vocês.
- A gente vai ai mais tarde. Depois que você descansar - Mariane disse.
- Perfeito.
Desliguei e notei que o barulho no andar de baixo tinha parado. Desci as escadas e vi o Thomas na porta se despedindo de meu pai e minha mãe.
Corri para ele e o abracei.
- Obrigada - sussurrei no ouvido dele.
- Eu te vejo depois, Vivi - ele beijou minha cabeça e foi para o carro.
Acenei e entrei.
Depois de mais alguns abraços de minha mãe e meu pai eu consegui voltar para o quarto.
Peguei um vestido para dormir e fui tomar um banho quente. Um banho depois daqueles dias parecia a melhor coisa do mundo.
Fechei minhas cortinas e fui para minha cama. Mal deitei e meus olhos caíram.
Abri meus olhos e ainda fazia sol, mas eu estava coberta e meu ar condicionado estava ligado. Levantei e olhei para meu quarto. Era realmente muito bom estar de volta.
Eu olhei para o relógio sobre minha mesinha e marcava onze e meia. Não podia ser da noite que o sol estava vindo ainda. Era de manhã? Eu dormi isso tudo?
Corri pro meu banheiro e tomei um banho nas pressas. Vesti um short qualquer jeans e uma blusa branca e calcei minhas havaianas.
Desci as escadas correndo e pulei no sofá.
Peguei o telefone e liguei de novo para a Mariane e a Ana.
- Oi, meninas - eu disse animadamente.
- Nós fomos ai, mas você estava tão fofa dormindo que resolvemos não acordar - Ana disse.
- Tudo bem. Eu acabei de acordar. Por que vocês não vêm para cá?
- Claro. To com saudade de você - Mariane disse.
- Eu também.
- Eu também tô, das duas.
Desliguei e liguei automaticamente para o Thomas. No meio do primeiro toque, ele atendeu.
- Thomas?
- Era bom se você me chamasse de Roberto.
- É o costume.
- Você tá bem? - ele perguntou.
- Tô sim.
- Dormiu bem?
- Só acordei agora.
- Fico preocupado contigo ai sozinha.
- Eu estou bem, vou ficar bem. Mas eu to com saudade. - Ele riu.
- Se eu pudesse estava ai agora. Mas a Sophia, o Richard e a Amanda chegam hoje.
- Sério? - Quase pulei do sofá.
- Aham. E eu tenho que fazer uma recepção boa. Eles passaram por muita coisa esses dias.
- Sinto muito por isso - murmurei.
- Não é culpa sua.
- Você pode vir hoje a noite?
- Claro, querida.
- Tenho que ir agora. To com muita fome.
- Certo. Até mais tarde.
Almocei e fiquei vendo TV até as meninas chegarem.
Quando elas chegaram a gente ficou conversando sobre meu suposto sequestro e como elas ficaram com tudo isso. E depois fomos para assuntos mais alegres.
- O seu namorado lhe salvou, né? - Ana disse dando ênfase no namorado.
- Como você tem um namorado e não diz pra gente? - Mariane perguntou.
- Desculpem, queridas. Eu não sabia que ele era meu namorado até o sequestro.
- Mas conta dele - Ana disse.
- Ele é bonito. Muito bonito.
- Como é o nome dele? - Mariane perguntou.
- Th.. Roberto. Ele tem vinte anos e o pai dele é muito rico.
Elas riram do rico e começaram a falar sobre os ex-namorados delas. O interfone tocou e eu fui atender.
- Oi.
- Roberto.
- Deixa entrar - eu disse.
Voltei pra sala e disse para as meninas que ele tava chegando. Elas ficaram na sala esperando e eu fui abrir a porta, já estava escurecendo. O tempo passa rápido com elas. O carro dele estava parado e ele saiu dele.
Ele estava lindo, como sempre. Vestia uma calça jeans preta e uma blusa branca de botões. Ele era o exemplo de beleza para mim.
Eu passei minha mão na nuca dele e trouxe seu rosto para eu beijar. Ele passou a mão na minha cintura e nós nos beijamos até eu ouvir risadinhas de dentro da sala.
- Minhas amigas estão aqui - eu disse.
Thomas sorriu e entrou comigo.
- Meninas, Roberto - elas disseram oi com os olhos arregalados. - Essa é a Ana e a Marianne - apontei cada uma.
- Prazer - ele disse e deu um meio sorriso maravilhoso.
Bom, depois de meia hora de conversa elas ficaram normais e começaram a conversar. Eles se deram bem. E era tudo o que eu queria. Minhas melhores amigas e meu namorado se dando bem.
Depois elas foram e ficou apenas eu e o Thomas na sala.
Ele acariciava meu rosto com as costas das mãos e observava cada parte do meu rosto. Eu sorria de pensar como uma coisa tão boba pudesse me fazer sentir completa. Ele me olhou nos olhos e eu deixei de ouvir o pouco barulho que eu ouvia. Ele aproximou nossos rostos até eu sentir a sua respiração, fechei os olhos ao sentir os lábios dele nos meus. Estava tudo bem agora.

/ Gente, desculpem pela demora. Desculpem mesmo. Mas ai está o 23. E logo virá o 24 e o final (?). Eu ainda não li nada de ninguém por a falta de tempo, mas vou logo ler. Beijo para todo mundo que teve paciência(muita) de esperar :*

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Aviso!

Oi pessoas bonitas que leem minha história. Assim, eu queria muuito ter algo para postar hoje, mas como sou uma descançada não tenho nada. E quero dizer que eu só vou poder voltar a escrever depois do dia 19/06, por causa de minhas provas e eu preciso me sair bem. E talvez eu poste no final de semana começando no dia 19, vou tentar apenas ok, porquê tem o São João maravilhoso de minha escola.
Queria pedir para entrarem (quem ainda não entrou) na comunidade: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=85976513


Não vão esquecer de mim ok? Estarei de volta e saibam que eu NUNCA esqueço disso.
Beeijo bem grande pra vocês :*