quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Capítulo Quatro - Vestido Amarelo

Eu senti o sol iluminar entre as folhas da árvore atrás de mim. Olhei para o céu e ele estava começando a clarear. Olhei novamente para a menina deitada sobre a cama e totalmente descoberta do frio. Desci da janela dela e pulei para o lado de fora do condomínio. Corri o mais rápido que eu pude para casa já estava clar e corria o risco de me verem.
Abri a porta da minha casa que não tinha necessidade de estar fechada e dei de cara com a Amanda de braços cruzados na minha frente.
- Volto logo? - Ela repetiu o que eu disse me julgando. - Se eu não visse que você voltaria eu ficaria arrancando os meus cabelos. A Sophia está preucupada, e o Richard nem me fale. Rob, você não pode apenas sumir para ver uma garota dormir.
- Culpe você mesmo.
Ela abaixou a cabeça e saiu em menos de um segundo da grande sala rústica de minha casa.
A sala tinha um piso de madeira escuro mas as janelas eram grandes e iluminava toda a sala. Na frente do sofá beje tinha uma TV grande e na parede direita ao lado da porta do corredor tinha estantes de dvds e cds de todos os tempos.
Passei pelo corredor e a cozinha estava vazia. O balcão de madeira estava vazio e o único barulho era do freezer com muitos dos produtos que os japoneses inventaram para nós para não termos que matar os humanos inocentes.
O corredor era igualmente de piso de madeira e sua parede era branca para dar luz. A porta do escritório do Richard estava aberta. Ele estava sentado em uma das poltronas de cor verde com uma mesinha pequena no meio. Tinha quadros de grandes artistas e estantes com nossos livros favoritos. Uma mesa repleta de papeis estava na frente da janela de vidro que dava para ver o jardim particular da Sophie.
- Conheceu uma garota? - Richard me perguntou em seu tom casual.
- Sim.
- Isso é muito bom. Até hoje o som que lhe deixa apaixonado por aquela garota canta para mim.
- Sophia? - Ele concordou com um sorriso de adoração à ela.
- Sei como você se sente. Mas você terá que fazer escolhas difíceis agora. A vida dela está em suas mãos agora. Você tem duas escolhas. E você sabe quais são.
- Sei sim.
Me retirei do escritório e segui pelo corredor.
Duas escolhas: Torná-la imortal como eu, ou deixá-la seguir sua vida. Torná-la imortal? Ela ter que seguir uma vida pela qual ela não sabe nada. Deixá-la ir? Eu conseguiria deixar de ver aqueles olhos azuis?
Sophia saiu do seu quarto parando em minha frente.
- Fiquei preucupada. - Ela disse me deixando confortável. Ela era a mãe que eu nunca tive.
- Desculpe.
Ela me puxou para dentro do quarto dela e me sentou na cama com uma coxa verda clara cobrindo-a. O quarto dela era grande e tinha uma grande porta dupla com espelho que ia para o closet dela. A cama era grande e confortável. Tapetes brancos estampavam o piso de madeira.
- Conte-me sobre ela. - Sophia disse quase pulando de alegria e eu sorri com aquela demostração de curiosidade.
- Bom...
- Não. - Ela me interrompeu. - Quero ver.
Ela esticou a palma da mão para eu dar a mão à ela e ela saber tudo o que eu penso no momento. Botei minha mão sobre à dela e nós dividimos nossos pensamentos. Ela não pensava em nada de demais, apenas em como deveria ser aquela garota. Eu fechei os olhos e pensei naquela garota linda.
Pensei nela no restaurante do cinema, esticada sobre a bancada de balas. Ela encarando seu refrigerante na mesa e depois ela me encarando com os olhos azuis pequenos. Pensei na batida do coração dela cantando para mim enquanto eu me encarava no espelho. Ela passando de cabeça baixa pela loja. Ela e a mulher da loja conversando do lado de fora da loja e depois ela me encarando pelo lado de fora da loja. Depois pensei nela entrando pela porta azul e ela dormindo sobre a cama de panos brancos.
Retirei a minha mão da Sophia e vi ela sorrindo.
- Ela é... linda.
- Eu sei.
- Espero muito que vocês consigam um futuro. - Apenas sorri. - Agora vá dormir, você deve ter passado a noite a observando.
Andei pelo corredor e cheguei na porta de vidro do fim do corredor. Passei pela porta e vi o lindo jardim da Sophia. Várias cores nas flores transmitiam um cheiro bom e me deixava bem.
- Está zangado? - Amanda perguntou saindo de cima de uma árvore à cinco metros de mim.
- Como poderia? Você é minha irmã.
Ela sorriu e em um pulo estava na minha frente.
- Eu sei que você vai fazer a escola certa, Rob.
- Você sabe mais do que ninguém.
Ela riu uma risada como uma sinfonia angelical e doce.
- Creio que você ia descansar.
- E vou.
Dei as costas à ela e andei em direção ao meu quarto que era apenas uma casinha do lado direito do jardim. O da Amanda ficava atrás do jardim por ela adorar andar pelas flores para pegar o perfume de cada uma para si.
- Eu te amo, sabe disso. - Ela disse e eu me virei para ela.
- Também amo você, Amanda.
Ela sorriu e voltou correndo para o meio das flores e plantas altas. Andei em direção à minha pequena cabana. A cabana tinha uma pequena varanda na frente da porta. As janelas eram pequenas do lado das portas e tinham uma cortina de cor azul clara. Abri a porta e por dentro parecia mais moderno do que pelo lado de fora.
Um pequeno frigobar estava ligado abaixo da janela direita, contendo os líquidos que matavam a nossa sede. Um armário com uma TV e dvds estava na parede do lado esquerdo, ao lado da porta do banheiro. A cama era de casal e ocupava quase todo o lado direito da cabana. Uma mesinha com um abajur em cima ocupava um pequeno espaço comparado com o da cama. Uma outra porta estava do lado direito, o closet pequeno que guardava minhas não muitas roupas.
Tirei meus sapatos e os joguei ao lado da poltrona abaixo da janela esquerda e me deitei na cama. Não demorou muito mais de um minuto para eu pegar no sono.
Acordei e o sol que entrava pela janela estava mais forte. Abri a gaveta da minha mesinha e peguei o pequeno relógio que estava ali. Duas e meia. Me levantei da cama e fui para o banheiro tomar um banho.
Vesti uma calça jeans qualquer e uma camiseta vermelha que estava em cima da poltrona. Abri a porta do frigobar e peguei uma lata do nosso líquido contendo sangue. Virei ele todo, apesar de não estar com sede, eu não queria correr o risco de sentir desejo do sangue daquela doce garota.
Sai da cabana e fui em direção à casa do Richard. Passei diretamente para sala que vinha o som de TV de lá. Sophia estava sentada com as pernas cruzadas e um pequeno caderno no colo. Richard estava observando a Sophia escrever com ternura. Amanda estava sentada aos pés deles com o controle da TV. Me aproximei deles e a Sophia me deu um largo sorriso.
- Vou sair de casa. - Disse.
Eles sabiam para onde eu ia. Parei em frente à mesa pequena do lado da porta e peguei a chave de um dos carros comuns por aqui da nossa garagem. Abri a porta para descer para a garagem. Entrei no carro branco com os vidros fumês. Um Honda. Abri o portão e dei a ré.
O caminho era pequeno dali para a casa dela. Quando eu passava lentamente pela frente do grande condomínio um carro cinza saiu do dentro e eu ouvi de longe o barulho cantando para mim.
O segui, mas não dando muita pista. Ele parou na frente da porta do estacionamente e eu parei em uma vaga.
A Viviane saiu de dentro do carro. Ela vestia um vestido amarelo, era possível ela ficar mais linda a cada segundo? Aquele vestido a deixava mais bonita e eu notei vários olhares masculinos para ela. Eu poderia deixar ela ser feliz com um deles. Ela ajeitou uma bolsa marrom no ombro e entrou no shopping. Eu não podia deixar ela. Eu não aguentaria deixá-la.
Eu desci do carro. Andei pelo estacionamento até a entrada. Eu não a vi mais. O lugar estava cheio de gente. Ela devia estar na loja.
Andei sem pressa para a loja e a vi sentada atrás do balcão com a cabeça baixa para o balcão. Eu precisava de um motivo para entrar na loja. Lembrei da blusa que comprei ontem ali. Eu poderia trocá-la.
Praticamente corri de volta para o carro e voltei para casa. Deixei o carro na garagem e de um pulo purei o muro grande da minha casa. Abri a porta da sala e ainda estavam todos lá. Sophia agora assistia TV junto com Amanda enquanto o Richard lia o caderno que estava nas mãos da Sophia antes.
- Amanda, pode me dar a blusa que comprei ontem?
- Está ao lado de sua poltrona.
Corri pelo corredor e pelo jardim até minha cabana. Correr era algo realmente bom. Mas eu gostava de andar para me sentir mais humano. Mas eu estava realmente com pressa. Peguei a blusa que ainda estava na sacola e corri de volta para a sala. Sophia lançou-me um sorriso e voltou para a TV. Pulei de volta para a calçada onde estava o carro.
Voei de volta para o shopping e andei com pressa para a loja onde aquela menina estava. Ela agora estava olhando para duas mulheres, uma loira e uma ruiva, que estavam conversando. Eu pude ovir o barulho baixo pelo barulho do lugar. Queria que meu poder servisse em mim também. Eu manteria tudo em silêncio apenas para ovir aquele som.
Entrei na loja e o som que o coração dela emitia estava mais alto. Uma mulher de cabelos castanhos apareceu na minha frente.
- Vim trocar uma camisa. - Disse olhando-a nos olhos e tentando funcionar não sair o som para ela.
Parece ter funcionado que ela apenas sorriu e apontou para o balcão onde a Viviane estava.
- Trocas é no balcão.
Acenti e segui para o balcão olhando para o chão. Eu sabia que ela me olhava, mas eu não queria olhá-la agora. Parei em frente ao balcão e coloquei a sacola sobre ele. Dei um sorriso ainda olhando para a sacola.
- Comprou quando? - Ela disse com a voz fraca.
- Ontem. - Disse e ergui minha cabeça para olhá-la nos olhos.
O som ficava mais próximo quando eu a olhava. Ela ficou com os olhos pequenos nos meus. Eu sabia que o som não sumir estava funcionando, mas ela piscou o olho duas vezes e olhou para a sacola em cima do balcão.
- Vai trocar por outra peça? - Ela perguntou.
- Queria. Mas ainda tenho que escolher.
- Certo. - Ela parou por um segundo e meio. - Vou chamar uma...
Uma moça de cabelo loiro apareceu ao meu lado e limpou a garganta, foi a moça que me atendeu ontem. Olhei para a sacola querendo fugir daquela situação.
- Ela irá lhe atender no que precisar. - Viviane disse mas sua frase saiu no meio de uma risada que segurou.
- Obrigado. - Eu disse distraido com a beleza dela.
Dei as costas para o balcão e fui para uma arara de roupas que pareciam ser masculinas. Passei as roupas e tentei me concentrar no que a loira me dizia sobre as vantagens de cada roupa. Ela me mostrou uma azul e encostou no meu peito.
- Combina com seus olhos. - Ela disse com um leve tom de adimiração.
- Você acha ela bonita? - Perguntei. - Na verdade eu não sei escolher roupas.
- Você deveria levar. Mas ela é mais cara que a outra.
- Não tem problema.
Ela pegou a blusa e caminhou de volta para o balcão onde a Viviane estava sentada ainda olhando para baixo. A loira saiu sorrindo para mim, mas eu não à olhei. Sorri talvez mostrando todos os dentes para aquela garota. Ela me olhou nos olhos e eu não estava preparado para botar o barulho do lugar nos ovidos dela. Mas ela sorriu de orelha à orelha, e eu não respondi. Eu voltei o som para ela.
- É você que faz isso? - Ela me perguntou ainda com os olhos nos meus.
Eu me esforcei para manter o barulho ainda.
- Fazer o que? - Soltei uma risada mas talvez não tenha sido tão convincente quanto eu queria.
- Nada. Deixa pra lá.
Ela baixou a cabeça e olhou para a blusa azul que eu tinha escolhido. Ela sorriu sem graça ainda olhando para a blusa enquanto procurava a etiqueta.
- Me desculpe. Devo ter sido grosso. - Eu disse tentando parecer confiante.
- Não. É só uma idiotice da minha cabeça. - Ela disse sem tirar os olhos da camisa.
- Eu sou o Roberto. - Estiquei o braço para ela apertar minha mão. E ela o fez sem pensar. A mão dela tinha um toque suave e sua pele fina era macia. O som do coração dela aumentou mais com apenas o toque de nossas mãos. Nesse instante eu queria que o poder de vampiros se comunicarem desse certo com humanos, assim eu poderia ver o que aquela garota estava pensando.
- Viviane. - Ela disse sem tirar os olhos da camisa azul. - Essa é mais cara.
Eu tirei o cartão de crédito do bolso e a entreguei. Ela o virou e leu o nome. Um nome totalmente diferente do que ela estava acostumada a ver.
- Seu pai? - Ela perguntou.
- É sim. - Para ela, ele era meu pai.
Ele não podia ser meu pai biológico, mas foi o que me ajudou no momento que eu mais precisava de alguém.
- O nome de vocês. Vocês são daqui? - Ela perguntou com uma curiosidade grande.
- Não. Somos da Califórnia. - Eu era pelo menos.
- Ah.
Ela se abaixou e mexeu dentro do armário do balcão. Eu me estiquei sobre o balcão e descansei ali. Ela se levantou e deu de cara com meu rosto, mas não olhou nos meus olhos. Ela fastou sorrindo e eu ri daquele desconforto que ela sentiu.
- Desculpe. - Disse ainda soltando um pouco da risada. Ela me entregou a sacola. - Obrigado.
Ela deu um meio sorriso bonito, ainda sem me olhar nos olhos. Eu sai da loja. Porque era tão ruim me afastar dela? Mesmo estando perto sem nem nos conhecermos?
Sentei-me em um banco botando em ordem na minha cabeça o que acabara de acontecer. Olhei para o teto de vidro e já estava anoitecendo. Já ia me levantar e ir embora quando a ouvi de longe. Me acomodei mais ainda no banco e esperei o som chegar mais perto até ela passar por mim.
Ela entrou em uma loja de sorvete e saiu com um copo branco com um canudo. Ela passou para o outro lado da praça de alimentação. Andei até lá devagar. Passei pelo primeiro restaurante e ela não estava. No segundo ela estava saindo do balcão ainda com o copo e se sentou em uma mesa do lado equerdo. Ela puxou o cardápio e ficou lendo ele.
Me aproximei da mesa e parei do lado da cadeira vazia na frente dela.
- Posso sentar? - Perguntei amigável.
Eu sorri de lado e ela olhou-me nos olhos. Eu fiz o mais cedo que pude o barulho voltar, mas tenho certeza que ela notou.








(Gente, não sei quantas pessoas estão lendo. Mas quem tiver, eu agradeço. Queria que vocês deixassem comentários sobre o que acham bom e ruim na minha história. Queria dizer que talvez eu não poste mais todo dia agora porque eu tenho escola. Mas eu prometo postar assim que o capítulo tiver pronto. Obrigada e beijos ;*)

5 comentários:

  1. Que lindo!!!
    eu acho a história muito linda,super romantica, amei o fato de os dois protagonistas narrarem a história, fica muito mais intereçante assim, o leitor pode captar os sentimentos e os pensamentos dois dois por completo. ^.^
    o q não gostei??? hum... nao tenho nada q não tenha gostado, amei toda a história, por enquanto nada a comentar sobre isso. ^.^

    T.T que pena q nao vai mais postar todos os dias...mas tudo bem, afinal temos q dar a maxima atenção aos estudos. ^.^


    Bjos Thais ^.^

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. É sua história esta muito boa! Também gostei do fato de os dois narrarem. Duas criticas construtivas você tem alguns erros de português e repete algumas palavras, mas fora isso a historia esta ótima!
    Beijooo

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  4. Muito obrigada.
    Bom, desculpe pelo erros. Eu só tenho 16 anos e minha experiência com redação ainda não é grande.

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  5. gostei muito
    pricipalmente de vc narrrar cada fato em duas etapas
    isso torna mais interessante
    (:

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