sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Capítulo Seis - Celular

Ela balançou a cabeça e foi o suficiente para eu sentar na frente dela. Puxei um cardápio que estava na minha frente e olhei as opções. Eu nunca comi hamburguer, ou coisas do tipo. Não me faz mal, tem o mesmo gosto, eu só prefiro outras coisas.
- Você me indica alguma coisa? - Perguntei sem tirar os olhos do cardápio.
- Peça o de picanha, é o melhor.
Balancei a cabeça ainda sem tirar os olhos do cardápio. Era fácil escolher. Mas como eu pediria? Nunca fui nessas lanchonetes, ou em qualquer outra.
- Não sei comer nesses cantos. Pode me ajudar?
- Você nunca comeu aqui? - Ela perguntou como se fosse obvio comer ali. Se ela soubesse o que eu preferiria. Balancei a cabeça respondendo a pergunta dela. - Vamos.
Ela se levantou e me puxou pelo braço. Se eu tivesse um coração estaria batendo igual ao dela, freneticamente. O coração dela acelerar foi como uma música de sua banda favorita em um show. Ela continuou andando, me segurando, até o balcão. Ela soltou meu braço e seu coração ainda estava frenético. Sorri vendo como aquilo era bom para mim.
- Vai pedir aquele mesmo? - Ela interrompeu o meu momento de apreciação.
- É grande? Não estou com muita fome. - Na verdade nenhuma.
- Vou pedir um pequeno então. - Ela se virou para a atedente sorridente e jogou seus cabelos contra mim. O cheiro dela era doce e único. Não era possível alguém ter aquele cheiro. Inalei todo o ar que possuia o cheiro dela. - Queria um X-Burguer normal. Alguma coisa para beber? - Ela se virou para mim de vez fazendo seu cabelo bater no rosto.
- Não.
- Seis e cinquenta. - A mulher atrás do balcão disse.
Tirei o cartão do bolso e a mulher o passou na máquina. Alguns segundos depois ela o devolveu para mim.
- Vamos. - Ela disse.
Ela deu as costas e passou em direção à mesa onde estávamos. Ela não encostou em mim. Sorri vendo ela andar mexendo nas mãos soltas. Ela sentou-se e eu também. Uma mulher veio deixar uma bandeija com um sanduiche grande para ela.
Viviane comia como uma humana desajeitada, mas com elegância. Eu não pude disfarçar que estava olhando-a. A mesma mulher de antes veio deixar uma bandeija com um sanduiche da metade do tamanho do que a Viviane pediu para ela. Olhei para aquele bolo de comida, não tão gostosa.
- Você não gosta? - Ela perguntou rindo. Fiz uma careta para o sanduiche e olhei para ela. Ela mastigava um pedaço do seu sanduiche com tanta beleza. - Tô melada?
Ela pegou o porta-guardanapo em cima da mesa e puxou um lenço limpando a boca.
- Não, não. Você é bonita de se ver.
Ela ainda olhava para mim. Eu sorri para ela e virei o rosto para o lado. Era uma coisa que deixava os humanos confortáveis, saber que éramos desconfortáveis com algumas situações tanto quanto eles. Ela ainda olhava para mim. Virei-me para ela me esforçando como antes para não tirar o barulho dos ovidos daquela garota.
- Se você não gosta. Porque pediu?
- Não sei. - Disse no meio de um suspiro. Eu sabia porque tinha pedido aquele bolo de comida. - Eu tive medo de lhe perder de vista. - Soltei sem querer.
- Oh.
Eu continei olhando para ela, mesmo ela estando com um toque rosado no rosto. Eu sorri e ela deu um meio sorriso perfeito para mim. Ela baixou a cabeça para a sua bandeija vazia.
- Desculpe. - Pedi. Não queria ter constrangido ela à esse ponto. Ela levantou o rosto olhando para mim.
- Não, está tudo bem. Não tem pelo que se desculpar. - Ela deu um sorriso forçado.
- Estou vendo.
- Não, sério. - Ela disse mexendo as mãos. - É que eu não estou acostumada a receber... elogios.
Sorri por dentro. Como aquela garota não recebia elogios? Ela botou os cotovelos na mesa e encostou o queixo nas mãos. Ela tem noção do quanto é bonita?
Eu queria saber mais sobre ela. Queria saber tudo sobre ela.
- Você é dona da loja? Marie's Story? - Perguntei tentando parecer uma pergunta comum.
- Minha mãe é. Só gasto o dinheiro.
Baixei a cabeça para o bolo de comida e o peguei. Dei uma mordida relativamente pequena e segurei uma careta. Viviane puxou o ar para não rir.
- Me desculpe perguntar. Mas você tem quantos anos? - Ela perguntou.
Minha idade era tão relativa. Eu podia controlar meu sistema, como todos nós, fazendo a gente parecer mais velhos. Mas nunca podia voltar. Eu mudei meu sistema para vinte anos, mas me arrependi quando vi aquela garota mais jovem que eu.
- Vinte.
- Sério? Pensei que tinha 17.
Ergui minhas sombrancelhas para não deixa-la sozinha na conversa. Mas eu olhava o bolo de comida me preparando para a próxima dentada.
- Não tem problema se não quiser comer. Gosto da sua companhia. Não precisa se sacrificar para ficar aqui.
Levantei a cabeça mas ela a baixou imediatamente. Ela acabara de dizer que gostava de minha companhia. Se eu não estivesse sentado eu cairia. Mas eu sabia que era isso. Quando um coração canta para um vampiro, vai existir amor entre os dois. Ela mordeu o lábio inferior.
- Tudo bem então. - Empurrei um pouco minha bandeija quando ela olhou para ela. Ela sorriu ainda de cabeça baixa.
- Você gosta da minha compainha? - Perguntei e ela ficou vermelha. Ela riu nervoso. - Certo. Não vou deixar mais você vermelha. - Ela levantou a cabeça e olhou para mim enquanto eu sorria como um bobo. - E você tem quantos anos?
- Dezessete. Sou uma criança comparando à você.
- Não a vejo assim. - Eu disse.
- Obrigada.
- Você sabe meu sobrenome e eu não sei o seu. - Disse em um tom brincalhão para não confundir ela.
- Viviane Marie Duarte.
- A loja levou o nome por sua causa? - Franzi a testa para demostrar interesse.
- Não. O nome de minha mãe é Marie. Eu só peguei o segundo nome.
- Seu pai tem a loja também, ou...?
- Ele é empresário de muitas lojas daqui. Mas porque o interrogatório? - Eu disse rindo.
- Desculpe. Só queria saber mais sobre você.
- Não precisa pedir desculpas. Estava brincando. - Ela disse com um meio sorriso.
Eu ri ajudando passar aquele momento e ela riu junto comigo. Sua risada era de uma criança de apenas dois anos mas com voz de alguém mais velho. O telefone dela tocou atrapalhando a nossa risada. Ela pegou a bolsa nas costas da cadeira e tirou o celular de dentro.
- Oi, mãe. - Ela disse olhando para o nada. - Já estou indo. - Ela desligou o celular e o jogou de volta na bolsa.
Ela botou a bolsa no ombro e se levantou. A acompanhei.
- Tenho que ir. - Ela disse.
- Certo.
Eu estava tão perto dela agora. Nossa distância era mínima agora e eu podia sentir o cheiro dela de novo. Ela balançou os lábios tentando falar alguma coisa, depois fechou a boca.
- Você parece meio perdido aqui. Vou te dar meu telefone. Você pode ligar quando se sentir perdido. - Ela disse e eu sorri. Ela me queria por perto?
- Obrigado. - Eu disse e tirei o meu celular do bolso. A entreguei e ela ficou o olhando por alguns segundos.
Ela digitou o seu número e seu nome e salvou. Me entregou o celular e sorriu.
- Pode ligar. Tchau. - Ela me deu as costas e saiu andando.
Sai andando com mais calma que ela e sentei em um dos bandos do shopping. O que tinha sido aquela noite para mim? O coração dela tinha uma armonia graciosa de ovir. Ouvi o som e me ajeitei na cadeira. Esperei o som chegar perto e a vi com um homem, deve ser o pai pelos olhos, com um braço na cintura dela. O que eu daria para estar no lugar dele? Ela mexeu em uma mecha solta do cabelo e quando levantou a vista deu de cara comigo. Ela sorriu e não me olhou nos olhos. Eu sorri de volta e ela continuou andando com aquele homem.
Fui para o estacionamento e peguei o carro branco. Dirigi até o condomínio dela e o parei um pouco distante. Corri para dentro das árvores. Hoje tinha um barulho vindo do meio da praça. A vi andando em direção a uma das ruas com árvores divindido do condomínio. Ela estava concentrada no chão. Subi em uma das árvores e fiz um barulho que a fez olhar para trás.
Ela olhou para a sua casa e depois para as árvores novamente. Ela mordeu o lábio e deu passos até a árvore que eu estava. Ela podia me ver? Ela balançou um galho e eu me mexi agitando as folhas da árvore toda. Ela se assustou e quando deu um passo para trás bateu em uma das pedras do calçamento e caiu sentada no chão.
Ela ficou alguns segundos sentada no chão. Sua respiração estava errada. Eu soltei um suspiro de adimiração e ela se levantou. Ela continou seu caminho, ainda olhando para o chão e limpando o seu vestido amarelo.
Me ergui para sair da árvore e o galho quebrou. Cai em pé ao lado da árvore. Ela olhou em direção do barulho na praça e depois para as árvores. Ela parou na árvore que eu estava.
- Quem é você? - Ela perguntou quebrando o silêncio da noite.
Ela tinha me visto? Eu daria que desculpa? Mandei um vento para ela sentir um pouco de falta de ar. Ela puxou o ar e de repente estava no chão. Corri em direção à ela mas ela estava se erguindo. Passei para trás dela e ela sentou-se olhando para onde eu estava. Ela se levantou e limpou o vestido. Ela estava se virando quando eu sai correndo em direção as árvores que cercavam a rua. Ela engoliu em seco e saiu andando com o passo rápido para sua casa.
Ela abriu a porta e passou para dentro com pressa. Ela a fechou fazendo barulho. A luz sobre a porta acendeu mas ninguém saiu. O perigo dela saber a verdade tinha acabado.
Eu corri para a àrvore atrás de sua casa e a escalei. Dei algum tempo para ela, ela podia estar se trocando. Quando olhei ela estava pegando um livro e se deitando na cama. Ela olhava para o livro, talvez lendo.
De repente ela pulou da cama e puxou a sua bolsa que ela usava antes. Pegou o celular dela e o olhou por alguns segundos. Juntou com o livro e o deixou na sua mesa do lado da cama. Ela apagou as luzes. Ela estava olhando se eu tinha ligado para ela?Lembrei que eu estava com o telefone dela e teria que bolar alguma coisa para ligar para ela.
Eu não poderia ficar ali de novo. Fui pelo lado externo do condomínio e peguei o carro. Voltei para minha casa. O carro da Amanda não estava na garagem. Entrei na sala e o silêncio estava em toda a casa.
Andei em passos humanos pelo corredor e vi a Sophie deitada na cama dela e o Richard lendo um livro ao seu lado. Passei para a minha cabana e deite-me na cama.
Fechei os olhos para dormir e o rosto dela veio à minha mente.

(Gente, queria pedir a ajuda de vocês. Queria que vocês me dessem opniões de como divulgar meu blog. Porque eu não tive nenhuma idéia.

E queria pedir desculpa pela minha gramática. Qualquer erro, me desculpem, só tenho 16 anos.)

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Bem você pode tentar divulgar pelo orkut, criando uma comunidade, divulgando em outras comus, falar com o pessoal de outros blogs para eles divulgarem, entre outras coisas
    Estou ansiosa para o próximo capítulo!
    Beijooo

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  3. Estou ansiosa para o próximo capítulo![+1

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