terça-feira, 10 de março de 2009

Capítulo Dez - Visão

Fazia uns quatro dias que eu não a via. E eu estava com tanta saudades dela que eu tive que me segurar a manhã toda para não ligar para ela e só ligar depois do meio dia que com certeza ela estaria acordada. Me lavantei para pegar o celular e a porta de minha cabana se abriu.
Amanda estava com o sorriso de um lado ao outro da orelha e eu quase a via pular de felicidade. Revirei os olhos sorrindo e continuei andando em direção ao meu casaco onde estava meu celular.
- Espere mais dois minutos se não ela não estará desocupada. - Ela me disse já do meu lado. Peguei o celular e voltei para a cama. - Quando eu posso conhecê-la?
- Ela não sabe do nosso segredo ainda. E você tem o poder se não segurar a lingua nem tem paciência para andar.
- Você tem um poder. Quando ela olha nos seus olhos o que acontece?
- Eu disse isso para ela e ela não está muito anciosa para saber o que isso significa.
- Mas você terá que contar logo para ela. Pode acabar mal isso e eu não quero me mudar de novo. Sabe que da última vez foi ruim quanto à Maddie. E nós não temos total segurança sobre onde ela esteja. Você não tem medo que ela posso machucar a Viviane?
- Tenho sim. Mas não há nada que eu possa fazer quanto à isso.
- Você está certo. Ligue para ela agora.
Peguei meu celular e disquei o número dela. Chamou cinco vezes e na sexta ela atendeu.
- Alô?
- Oi, Viviane. - Ela não respondeu. - Talvez, nós deveríamos nos ver.
- Claro que sim, Rob. - Amanda disse ao meu lado.
- Claro que sim, Roberto. - Viviane disse no telefone. Suspirei por minha irmã está do meu lado mesmo sabendo o que aconteceria.
- Você conhece a cidade melhor que eu.
- Mas é você que está me convidando. - Fiquei em silêncio. - Certo, não sei para onde nos iremos enquanto eu não sei o que a gente tem.
- Como assim?
- O que a gente é um para o outro. - Ela quase gaguejou.
- Entendo. - Houve um silêncio. Um esperando que o outro falasse. - Posso levar você para algum lugar? Você dizendo para seus pais que vai sair comigo? Eu a levo e a deixo em casa.
- Perfeito.
- Oito horas eu passo na sua casa.
- Posso saber mais ou menos o que vestir? - Bufei.
- Você estará perfeita de qualquer jeito. - Ela bufou agora.
- Se eu for mal vestida será por sua causa.
- Certo, certo. - Revirei os olhos mesmo ela sem poder vê-los. - Tchau.
- Tchau. - Ela desligou.
Botei o telefone ao lado do abajur e me virei para a Amanda que esperava eu falar sobre o telefonema.
- Você já viu tudo mesmo.
- Ela irá linda. Quer ver? - Ela esticou a palma da mão para mim.
- Não! - Quase gritei e ela riu.
Sophie apareceu na porta de minha cabana. Ela andou até onde eu estava sentado com a Amanda e sorriu para mim.
- Amanda me disse que você iria pedi-la em namoro hoje. - Me virei para a Amanda e ela estava sorrindo para a Sophie. - Não sabe o quanto estou feliz por você. Depois de tudo que aconteceu com a Maddie.
- Obrigado, Sophie.
- Seu pai está feliz também. Mas ele anda ocupado estudando para passar em um concurso daqui para trabalhar e finalmente a gente vai poder ficar mesmo aqui.
- Eu farei escola mesmo? - Amanda fez uma careta. - Posso me mudar para ter 18 anos.
- Sabe que não pode voltar depois.
- Será melhor assim. Ouvi dizer que os vestibulares daqui são... complicados.
- Mas você pode sempre ver as respostas, certo? - Sorri ironicamente.
- Não seja ridículo, Rob.
- Boa sorte hoje à noite, Thomas. - Sophie disse e saiu da minha cabana.
- Bom, acho que isso é minha deixa. Tenho que comprar roupas para mim.
Revirei os olhos e quando vi ela não estava mais lá. A porta aberta da cabana trazia o perfume do jardim. Inalei o ar e voltei à me deitar. Eu ficaria muito inquieto se ficasse acordado nessa longa tarde.

- Wake up, my prince. - Ouvi a voz da Maddie nos meus ovidos e levantei. Olhei para os lados da cabana já escura mas ela não estava lá. Suspirei de alivio e liguei o abajur. Meu relógio ao lado do abajur marcava sete e quarenta.
Me levantei num pulo e voei para me vestir com a primeira roupa que me viesse. Vesti com pressa e fui para a casa principal com minha velocidade de vampiro. Peguei a chave do carro prata e dei outra olhada no relógio. Sete e cinquenta e cinco.
O caminho era curto e os cinco minutos que restava foi ocupado com o caminho. O porteiro perguntou meu nome e discou o número 108 no interfone. Ele esperou alguns segundos.
- Roberto está aqui. - Ele desligou o interfone. - Pode seguir a terceira rua até o final. Casa branca de porta azul.
- Obrigado. - Como se eu não soubesse o caminho.
Fui pela rua e quando cheguei na metade dela a Viviane apareceu pela porta azul. Ela vestia uma calça jeans clara e uma blusa vermelha que realçava todas as suas curvas. Ela vestia a mesma blusa branca grande por cima mas agora estava caida em um dos ombros. Parei o carro e ela estava na calçada me esperando.
Olhei nos olhos dela e demorei o mínimo possível do silêncio.
- Você está absurdamente linda. - Eu disse como um bobo apaixonado.
- Obrigada. Não existe nenhum adjetivo para descrever você. - Revirei os olhos.
Estiquei a mão para ela e ela a pegou em questão de segundos e eu ouvi o coração dela mais alto. Não deixei de sorrir para mim mesmo enquanto a levava para o meu carro. Abri a porta e ela entrou. Entrei no carro e seguimos para o restaurante.
Ela ficou o olhando com ar de surpresa. Fiquei feliz por ela ter ficado surpresa com uma pequena coisa que eu fiz para ela.
- Você é surpreendente. - Não respondi porque acho que ela falou para si mesma. Ela abriu a porta e saiu do carro. Me apressei tirando a chave do painel e sai do carro.
Circulei pela frente do carro e ela estava parada do lado da porta do carro olhando para dentro, ela olhou para a roupa rapidamente e encolheu os ombros. Passei a mão nas costas dela e a levei até o restaurante. Pedimos uma pizza que ela escolheu que eu estive me preparando para comer.
- Você contou para seus pais que ia sair comigo? - Perguntei.
- Contei.
- E você disse o que sobre o que sermos um para o outro? - Ela tossiu engasgada e tomou um gole do seu refrigerante.
- Nada. - Eu ri.
- Deveríamos ajeitar isso então. Namorados talvez. O que você acha? - Ela engoliu em seco. - Tudo bem se não quiser e...
- Não! Não é isso. Eu sou tímida o suficiente para ficar envergonhada com isso. - Ela fez uma careta e eu ri.
- Isso foi um sim?
- Você fez um pedido?
- Creio que fiz. - Falei com obviedade na voz.
- Então isso é foi um sim.
Me estiquei para frente tocando nossos lábios. O coração dela palpitou e eu me deliciei naquele som tão adorável aos meus ovidos. O garçom limpou a garganta segurando uma bandeija de prata. Maldito! Comi a pizza, fazendo cartea quando ela não estava olhando.
Meu celular tocou e eu o atendi.
- Oi querida.
- Oi Rob. Você está sozinho? - Amanda perguntou.
- Não, não. - Disse tentando não parecer nada para a Viviane que me observava. Me levantei e ela acentiu dizendo que eu podia ir. Fastei da mesa e fui para onde tinha umas pias. - Pode falar agora Amanda.
- Rob, eu vi a Maddie de novo. Não queria ligar, mas ela parecia com raiva agora.
- Isso não deve ser nada. Quando chegar a gente se falar.
- Certo. Desculpe ligar, Rob.
- Não tem nada. - Desliguei e voltei para a mesa.
Sorri para ela e ela colocou uma garfada na boca. Voltei a comer minha pizza com gosto de nada. Ela riu e quando a olhei ela estava com a cabeça baixa rindo baixo.
- Não ouvi alguma piada? - Perguntei curioso.
- Tem duas mulheres que estavam me fuzilando com os olhos e agora estão olhando para você.
- Não me importo com elas. - Pensei que ela já tivesse notado.
Me estiquei novamente para ela e a beijei já que nenhum garçom viria agora. O coração dela pulou alto e eu fastei, ainda tendo meu rosto perto do dela. Ela mordeu o lábio inferior e ficou puxando o ar com força pelo nariz. Me aproximei dda orelha dela e beijei a ponta onde tinha um brinco pequeno e bem escolhido e senti ela tremer.
- Você está extremamente linda, querida. - Sussurrei.
Ouvi ela puxando o ar mas não ouvi uma palavra sair da boca dela. Fastei e ela sorriu como se não acreditasse no que eu acabara de dizer.
- Deixe eu fazer uma coisa. - A olhei nos olhos.
Trouxe o som da conversa das duas mulheres para os ovidos dela.
- Ele deve estar louco. - Uma disse e a outra bufou.
- Essa magricela horrorosa... Ele devia ter alguém mais proximo da beleza dele.
- Você que não é. - Disse com nojo e ela riu.
- Também acho. Talvez deviamos trazer a atenção dele para nós. - Revirei os olhos tirando dos dela.
- Isso foi... interessante. - Ela disse. - A magricela aqui gostou. - Ela disse brincando mas eu não ri.
- Você não é nada disso. Na verdade não acho ninguém mais bonito que você.
Ela ficou com o rosto com um rosa e eu me aproximei dela novamente para beijá-la. Ela passou os dedos nos meus cabelos, me prendendo totalmente à ela.
- Já está tarde. Não devemos ir?
- Por mim, eu não iria. - Disse.
- Acredite, por mim também não. - Sorri por ela me querer por perto.
Nossa viagem de volta demorou muito menos do que eu queria. Parei com o carro na frente da casa de porta azul e ela suspirou olhando para sua casa.
- Tchau. - Ela sussurrou e abriu a porta.
Me aproximei dela e segurei o braço dela. Ela se virou e nossos rostos estavam perto o suficiente para eu sentir a respiração dela no meu nariz. Sorri e ela sorriu depois de mim. Contornei o queixo dela com o dedo e a beijei. Ela sorriu mostrando todos os seus dentes e saiu do carro. Ela andou pela calçada de pedra do jardim dela e abriu a porta. Ela virou para mim e acenou. Minha vontade era de correr até ela e ter ela para sempre. Liguei os faróis e ela entrou na casa, acelerei e olhei pelo retrovisou a porta azul se feixando por ela.
Sai do condomínio e praticamente corri pelas ruas vazia até minha casa. Estacionei o carro e quando abri a porta da sala a Amanda estava na minha frente. Ela antes de alguém falar alguma coisa esticou a palma da mão para me mostrar.
Maddie ainda estava com seu cabelo loiro lindo, mas não estava mais até sua cintura e sim até os joelhos. Os olhos cor de mel dela estavam de uma cor mais dura, quase um marrom. Ela estava com sede? Ela sussurrou o meu nome em inglês, Thomas, e a visão da Amanda parou.

3 comentários:

  1. To adorando Piscila! A historia ta muito legal, parabens!
    Beijooo

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  2. caaara :O , ta muuuito legal a sua historia prii *-* tipo começei ler ela hoje, mais ja li todos os capitulos o//
    to tao curiosa pros proximos.
    Maddie é uma vampira do mal? :O
    sou curiosa -fikdik, OIEUOAIUEOIWUE

    eu to escrevendo uma tambem, quando puder da uma olhada
    http://umolharaopordosol.blogspot.com/


    beeijos e continua escrevendo em :*

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  3. gnt tou amando isso aqui só agora eu durmi e ler um pouco mais dessa a manhã, masi vou ler sempre fato ^^

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